O Reino Unido e a Uni?o Europeia chegaram a um acordo comercial pós-Brexit que moldará as rela??es econ?micas nos próximos anos entre as duas partes.
O anúncio foi feito na tarde de quinta-feira, quatro anos e meio depois que o povo britanico votou pela saída da UE em um referendo em 23 de junho de 2016, e dias antes do período de transi??o pós-Brexit terminar em 31 de dezembro.
Falando em uma entrevista coletiva em Downing Street, o primeiro-ministro britanico Boris Johnson disse: "Concluímos o maior acordo comercial jamais realizado, no valor de 660 bilh?es de libras (US $ 880 bilh?es) por ano, um acordo de livre comércio abrangente do estilo do Canadá com a UE".
Ele continuou dizendo que, pela primeira vez desde 1973, o Reino Unido será um estado costeiro independente com controle total de suas águas territoriais.
"Embora tenhamos deixado a UE, este país permanecerá culturalmente, emocionalmente, historicamente, estrategicamente e geologicamente ligado à Europa - pelo menos através dos 4 milh?es de cidad?os da UE que solicitaram se estabelecer no Reino Unido nos últimos quatro anos, e que d?o um enorme contributo ao nosso país e às nossas vidas”, acrescentou.
Enquanto isso, em Bruxelas, a presidente da Comiss?o Europeia, Ursula von der Leyen, saudou o acordo como "justo e equilibrado".
"Finalmente atingimos um acordo após uma longa e tortuosa jornada", disse. "é um acordo justo, equilibrado e responsável para ambas as partes."
Von der Leyen apontou que existem medidas fortes dentro do acordo que podem ser tomadas se uma das partes n?o cumprir com as regras.
"Haverá uma revis?o depois de quatro anos para garantir que ambos os lados est?o cumprindo as regras acordadas neste acordo", acrescentou.
"Existem fortes salvaguardas para garantir que haja um incentivo para ambos os lados cumprirem o que acordaram."
Os detalhes do acordo ainda n?o foram divulgados e precisam ser ratificados pelos parlamentos de ambos os lados. No Reino Unido, os membros do Parlamento devem ser chamados de volta à Camara dos Comuns imediatamente após o Natal para ratificar o acordo, que entrará em vigor em 1o de janeiro, garantindo o comércio livre de tarifas para a maioria dos bens.