A disparidade geral entre homens e mulheres chineses em termos de igualdade profissional continuou a diminuir, de acordo com um relatório da plataforma de recrutamento online Zhaopin.
O relatório demostra que a diferen?a salarial entre homens e mulheres vem diminuindo há dois anos. No entanto, apesar de uma melhoria de 5 pontos percentuais em rela??o ao ano anterior, o salário médio das mulheres trabalhadoras ainda é 12 por cento inferior ao dos homens.
"A diferen?a salarial se deve principalmente aos cargos que homens e mulheres geralmente ocupam", disse o CEO da Zhaopin, Guo Sheng.
"Geralmente, as mulheres ocupam menos cargos de gest?o ou de m?o de obra qualificada que oferecem salários relativamente altos. As mulheres ocuparam mais empregos em contabilidade, administra??o e recursos humanos, em vez de empregos tradicionalmente mais bem pagos, como engenheira".
A educa??o ajudou as mulheres a conquistarem cargos mais elevados e aumentar seu reconhecimento em seus locais de trabalho.
Em uma pesquisa realizada durante os primeiros dois meses deste ano, cerca de 42 por cento das trabalhadoras que participaram disseram ter diploma de bacharel ou mais, 6,7 pontos percentuais a mais do que os participantes do sexo masculino.
De acordo com um relatório da Boss Zhipin, outra agência de recrutamento online, a educa??o desempenhou um papel importante na redu??o da disparidade entre os sexos.
Os números citados revelam que, no ano passado, o salário médio de uma mulher aumentou 6,1% para cada ano adicional que ela tenha estudado.
Enquanto as mulheres com alto nível de escolaridade se esfor?am para ter melhores carreiras, as trabalhadoras migrantes e as que trabalham em cargos menos exigentes também se esfor?am para melhorar seus meios de subsistência.
Li Qiujie, uma motorista de 37 anos da plataforma Didi em Zhengzhou, província de Henan, disse que agora tem n?o só uma renda independente, como também “uma vida gratificante”.
“Eu nunca tive um emprego formal antes. Costumava ser dona de casa na minha aldeia, cuidando da minha filha”, disse ela.
"Descobri que estava um pouco desconectada do mundo exterior quando minha filha come?ou a ir para a escola primária, há dois anos".
Li disse que era difícil para ela encontrar um emprego administrativo porque n?o tinha diploma universitário.
“Tornar-me motorista de Didi foi a melhor escolha para mim porque oferece flexibilidade de horários. Posso levar minha filha à escola e ir buscá-la sem faltar ao trabalho”, disse.
"Meu marido pensava que as mulheres nasciam para ser donas de casa, mas mudou de ideia. Agora que ele n?o é o único ganha-p?o da família, sinto que existe uma verdadeira igualdade. Nunca desisti. Nós, mulheres, n?o somos inferiores aos homens . "
Ainda assim, as mulheres travam uma batalha difícil contra a desigualdade, já que a discrimina??o no mercado de trabalho continua devido a quest?es como casamento e filhos.
O relatório da Zhaopin disse que mais de 55 por cento das trabalhadoras entrevistadas foram questionadas sobre seus casamentos e planos de ter filhos durante as entrevistas, mais do que o dobro da taxa para participantes do sexo masculino.
Apenas cerca de 15 por cento das mulheres pesquisadas estavam otimistas sobre promo??es futuras, 2,9 pontos percentuais abaixo dos homens inquiridos, devido às preocupa??es com seu casamento.
"Meu marido e eu n?o temos planos de ter um filho nos próximos três anos", disse Sui Xintong, de 28 anos, que trabalha no departamento de recursos humanos de uma empresa de Beijing. "Minha posi??o pode ser facilmente substituída se eu ficar grávida."