
Um navio de carga atraca no Porto de Qinzhou na área de Livre Comércio China-ASEAN, em Qinzhou, Regi?o Aut?noma da Etnia de Zhuang de Guangxi, em 11 de julho de 2020. (Foto / Xinhua)
As regras recentemente promulgadas pela China sobre análises de seguran?a de investimento estrangeiro visam salvaguardar a seguran?a nacional e n?o sobrecarregam desnecessariamente as empresas estrangeiras normais, informou o Ministério do Comércio da China na quinta-feira (18).
"A realiza??o de revis?es de seguran?a em investimentos estrangeiros que afetam ou podem afetar a seguran?a nacional é uma prática internacional regular. As principais economias já criaram ou est?o melhorando esses mecanismos de revis?o de seguran?a", disse Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio.
As novas regras do país, que entraram em vigor em janeiro, se concentram nas análises de seguran?a do investimento estrangeiro na área militar e em outras áreas relacionadas à defesa e seguran?a nacional, bem como às principais áreas agrícolas, de energia e de recursos que s?o críticas para a seguran?a nacional da China.
As novas regras est?o em linha com o exigido pela Lei de Investimento Estrangeiro e fornecem a garantia necessária para o desenvolvimento estável e sólido da economia chinesa, disse ele, acrescentando que também contribuem para o crescimento de empresas estrangeiras da China no longo prazo.
N?o é um movimento protecionista ou uma recusa numa abertura maior. Em vez disso, está de acordo com o compromisso do país com a abertura em todas as frentes e visa refor?ar o mecanismo de seguran?a para isso, disse Hao Hongmei, vice-diretor do Instituto de Investimentos Estrangeiro da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Coopera??o Econ?mica, sediada em Beijing.
Embora encorajem e protejam o investimento estrangeiro, as regras devem prevenir e enfrentar os riscos à seguran?a nacional num nível mais alto, lembrou ela, observando que a abertura sem salvaguardas de seguran?a é insustentável a longo prazo.
Gao, do Ministério do Comércio, afirmou que o governo continuará a fortalecer os servi?os para as principais empresas e projetos com financiamento estrangeiro e ajudará a acelerar a constru??o de infraestrutura de projetos com financiamento estrangeiro no corrente ano.
Gao disse que, enquanto isso, o país também expandirá o nível de prote??o dos interesses jurídicos de empresas estrangeiras e implementará medidas de trabalho sobre reclama??es de empresas com investimento estrangeiro, conforme atualiza de maneira contínua o Guia de Investimento Estrangeiro da China para construir um ambiente de investimento transparente e conveniente.
Apesar dos desafios resultantes da pandemia da Covid-19 e da recess?o econ?mica global, o uso real de investimento estrangeiro direto da China teve um aumento anual de 31,5%, chegando a 176,76 bilh?es de yuans (US $ 26,07 bilh?es) nos primeiros dois meses deste ano, segundo dados do Ministério.
Nathan Stoner, vice-presidente da Cummins Inc, fabricante de motores com sede nos Estados Unidos, adiantou que as instala??es de pesquisa e desenvolvimento da empresa, envolvendo um investimento total de 250 milh?es de dólares americanos, estar?o operacionais em Wuhan, na província de Hubei, no centro da China até o final deste ano.
"A China tem introduzido continuamente novas políticas para otimizar seu ambiente de negócios e o mercado chinês e já se tornou um poderoso impulsionador do desempenho global da empresa", disse Stoner.
A empresa norte-americana vendeu mais de 670.000 motores na China no ano passado, um aumento anual de 24%, registrando o maior crescimento da empresa desde que entrou no mercado chinês em 1975.
Com o Ministério do Comércio anunciando em novembro do ano passado que desenvolverá seu primeiro Plano Quinquenal dedicado à utiliza??o de investimento estrangeiro para o período do 14o Plano Quinquenal da China (2021-25), o governo fornecerá mais apoio para projetos específicos a serem realizados com o investimento de empresas globais.
O apoio do governo chinês englobará, por exemplo, a aprova??o acelerada e o fornecimento de subsídios para custos de propriedade e energia, de acordo com um estudo divulgado pela empresa de consultoria internacional Brunswick Group.