O Ministério das Rela??es Exteriores da China e observadores instaram a Turquia a permanecer vigilante contra um pequeno grupo de políticos que tentam explorar quest?es relacionadas a Xinjiang para fins políticos egoístas, depois que o embelezamento dos líderes da oposi??o turca sobre os sangrentos tumultos de Xinjiang causaram disputas entre Ancara e Beijing.
Eles também alertaram que a amea?a terrorista enfrentada pela Turquia também será alimentada por essas pessoas. No entanto, a coopera??o pragmática entre Beijing e Ancara n?o será obscurecida pela mancha de políticos individuais.
A Turquia convocou na ter?a-feira (6) o embaixador chinês Liu Shaobin depois que a embaixada chinesa na Turquia tuitou condena??o e disse que a China "tem o direito de responder" aos líderes da oposi??o turca, o líder do partido IYI, Meral Aksener, e o prefeito de Ancara, Mansur Yavas, da principal oposi??o CHP, que chamaram de "persegui??o"a maneira como a China lidou com o distúrbio de Baren em 1990, e os vandalos que mataram brutalmente policiais e sequestraram outros como "martírio".
A embaixada publicou em sua conta de twitter em turco na ter?a-feira que "a China se op?e resolutamente e condena veementemente qualquer desafio de qualquer pessoa ou poder à soberania e integridade territorial da China".
Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, disse que a resposta da embaixada é "totalmente justificada e irrepreensível". A Turquia também sofre com a dor causada pelo terrorismo e o separatismo. Esperan?osamente, as pessoas na Turquia podem ver a posi??o firme da China na defesa da soberania nacional e integridade territorial, bem como seus esfor?os contra o terrorismo e a radicaliza??o de uma forma correta, racional e objetiva, de acordo com Zhao.
"Eu pessoalmente n?o acredito que nenhuma das pessoas que defenderam o motim de Baren soubessem o que realmente aconteceu em Baren", disse Erkin Oncan, jornalista baseado em Istambul que se concentra em movimentos extremistas na China e no Oriente Médio, ao Global Times.
Ele observou n?o ser coincidência o fato de que os dois nomes que comemoram os distúrbios de Baren fossem representantes de conhecidos movimentos políticos nacionalistas e anticomunistas na Turquia. No entanto, o apoio de Aksener e seu partido aos separatistas de Xinjiang na China é amplamente conhecido.
é possível dizer que existe uma 'competi??o' em quest?es relacionadas aos uigures entre os nacionalistas que est?o na oposi??o e os que est?o no poder. O partido de oposi??o IYI acusa outros partidos de silenciar sobre os uigures, informou o jornalista turco.
Li Wei, um especialista em combate ao terrorismo do Instituto Chinês de Rela??es Internacionais Contemporaneas de Beijing, descreveu a rebeli?o de Baren em 1990 como "uma das primeiras e mais mortais atividades terroristas que ocorreram em Xinjiang".
Incitado por um grupo de separatistas instigados pelo Movimento Islamico do Turquest?o Oriental (MITO), em 5 de abril de 1990, um grupo terrorista, segurando metralhadoras, pistolas, artefatos explosivos e granadas, reuniu mais de 200 pessoas para atacar o prédio do governo do município de Baren, condado de Akto, Prefeitura Aut?noma de Kizilsu Kirgiz, sequestrando 10 pessoas, matando 6 policiais armados e explodindo 2 veículos.
Documentos oficiais mostram que o pesco?o de um policial foi quase decepado, com apenas uma camada de pele ligando sua cabe?a ao corpo. Outro oficial foi espancado por terroristas primeiramente com paus e pás e em seguida esfaqueado mais de 30 vezes.
Oncan disse que, infelizmente, a maioria dos turcos n?o pode ver esses relatórios, já que a mídia ocidental tem uma grande influência sobre isso e a voz da mídia chinesa permanece desconhecida.
"As percep??es nacionalistas de Xinjiang est?o sendo formadas diretamente pela mídia e alguns países ocidentais. Podemos ver que quando a mídia ocidental come?a outro chamado relatório de 'direitos humanos' sobre a China, os nacionalistas na Turquia também entram em a??o", avaliou ele.
Gokhan Karakas, que trabalha para o jornal turco Milliyet, visitou Xinjiang em julho de 2019 e entrevistou Abdurrehim Heyit, um músico do grupo étnico uigur. Antes da visita, o músico foi declarado morto por alguns meios de comunica??o ocidentais, for?as anti-China e o Ministério das Rela??es Exteriores da Turquia.
Wang disse ainda que a presen?a de separatistas do Turquest?o Oriental na Turquia também manteve as pessoas longe da verdade sobre Xinjiang.
Por muito tempo, influenciados pela mídia ocidental e pelos separatistas do Turquest?o Oriental que moravam na Turquia, muitos turcos se equivocaram sobre as políticas chinesas de Xinjiang. Eles avaliam erroneamente que "seus irm?os uigur est?o sob opress?o em Xinjiang", apesar do fato de a China ter publicado um livro branco em julho de 2019 afirmando que os uigures "n?o s?o descendentes de turcos".
Um repórter turco disse ao Global Times anteriormente que esses separatistas s?o a principal fonte de notícias de Xinjiang na Turquia. Muitos deles compartilham conex?es com funda??es, ONGs e até governos estrangeiros, segundo o repórter, que afirmou que alguns políticos turcos tendem a exagerar as vozes desses separatistas, tentando obter maior vantagem política.
Quando o conselheiro de Estado chinês e ministro das Rela??es Exteriores da China, Wang Yi, visitou a Turquia no mês passado, havia um pequeno grupo de manifestantes que condenou o tratamento dado pela China à popula??o uigur.
"Apelamos à Turquia para que apoie o Turquest?o Oriental", disse Burhan Uluyol, um dos manifestantes, de acordo com a Associated Press.
Ao se reunir com Wang, o ministro das Rela??es Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, disse que a Turquia sempre obedeceu ao princípio de uma só China e está comprometida em aumentar os la?os de coopera??o estratégica entre a China e a Turquia.
Ele jurou que seu país nunca se envolverá em nenhuma a??o hostil à China, ao mesmo tempo que proíbe atos terroristas violentos contra a China em seu território.
Oncan previu que o incidente n?o afetará os la?os. "Nos últimos anos, o governo da Turquia n?o quis se isolar ainda mais da arena internacional e n?o quer criar novas tens?es com outras grandes potências como a China", disse ele.
Li também disse que a Turquia n?o se aventurará a colocar os la?os China-Turquia em risco apenas por causa de interesses de curto prazo ou interpartidários, mas precisa permanecer vigilante contra terroristas anti-China e políticos nacionalistas, pois eles também representam uma amea?a à seguran?a da Turquia.