Por Yu Xiao
O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken pediu há dias o apoio à participa??o “robusta” de Taiwan no sistema das Na??es Unidas. Esta a??o viola gravemente o princípio de Uma Só China e os “três comunicados conjuntos sino-americanos”, bem como o compromisso americano com a China e as normas internacionais, transmitindo um sinal errado para os independentistas taiwaneses.
Existe uma China apenas no mundo, sendo que Taiwan é um território inseparável do país asiático. Um total de 180 países, incluindo os EUA, estabeleceram rela??es diplomáticas com a China na base do respeito pelo princípio de Uma Só China, um consenso na comunidade internacional nas rela??es com a China, que n?o pode ser desafiado unilateralmente pelos EUA.
Taiwan faz parte da China e n?o tem qualifica??o para participar na ONU, uma organiza??o governamental internacional. No que diz respeito à participa??o de Taiwan nas organiza??es internacionais e outras atividades, a comunidade internacional segue o princípio de Uma Só China.
A resolu??o 2758 aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 1971 resolveu a representa??o da República Popular da China na ONU, raz?o pela qual todos os assuntos relacionados com Taiwan no sistema da ONU devem obedecer ao princípio de Uma Só China e à resolu??o 2758.
Alguns políticos americanos, por um lado, defendem o princípio de Uma Só China e, por outro lado, sensacionalizam as a??es independentistas de Taiwan, desafiando a linha de base da China em nome da quest?o do “valor”. O que pretendem é a conten??o do desenvolvimento chinês recorrendo ao “trunfo de Taiwan”.
As autoridades de Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla inglesa) insistem na “independência de Taiwan”, recusando reconhecer o “consenso de 1992”, celebrado entre a parte continental e a ilha, e n?o cessam de expandir o seu “espa?o internacional” - o maior desafio para a paz e estabilidade do Estreito de Taiwan, resultando na falha da participa??o de Taiwan em algumas atividades de institui??es multilaterais, como na OMS e OACI. As alega??es da “representa??o de Taiwan” e o “espa?o internacional de Taiwan” pelas autoridades taiwanesas s?o, na verdade, pretens?es de buscar a “independência de Taiwan”.
Nos últimos dias, vários políticos americanos alegaram o apoio à participa??o de Taiwan nas atividades da ONU, desafiando o princípio de “Uma Só China”. Há 50 anos atrás, Washington falhou na cria??o de “Uma China e uma Taiwan” ou “duas Chinas” nas Na??es Unidas, hoje, querem repetir a história, recaindo, sem dúvida no lado oposto da maioria dos países do mundo, incluindo a 1,4 bilh?o da popula??o chinesa. Est?o fadados ao fracasso.
A quest?o de Taiwan é um assunto interno da China, n?o suscetível à interferência de países terceiros. Ninguém pode subestimar a determina??o firme do povo chinês de defender a soberania e integridade territorial do país. Se os EUA continuarem jogando o “trunfo de Taiwan”, causar?o grandes riscos para as rela??es sino-americanas e sabotar?o a paz do Estreito de Taiwan, prejudicando seus próprios interesses no processo.
Como sempre, a China insta os EUA a respeitar ao compromisso acordado com Beijing, seguir o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos sino-americanos, respeitar a resolu??o 2758 da ONU, parar de divulgar sinais err?neos e n?o ajudar Taiwan a ampliar seu “espa?o internacional”, de forma a salvaguardar a base política das rela??es sino-americanas.