A Comiss?o de Prote??o ao Consumidor de Shanghai exigiu na quarta-feira (1o) que a fabricante canadense de parcas de luxo Canada Goose apresentasse uma explica??o formal para sua "política de troca" no continente chinês nesta quinta-feira (2), depois que a recusa de reembolso a uma cliente gerou raiva generalizada na internet.
O Xinmin Evening News, com sede em Shanghai, relatou na sexta-feira (26) que uma cliente chinesa de sobrenome Jia gastou 11.400 yuans (US$ 1.800) em uma jaqueta em outubro, mas n?o conseguiu devolvê-la após descobrir muitos defeitos, incluindo um em seu logotipo bordado, que na altura contrariava a política de devolu??o de 30 dias indicada no site da empresa.
Jia disse que ela foi solicitada a assinar uma isen??o da "política de troca" quando comprou a jaqueta que dizia que todos os produtos vendidos nas lojas da marca Canada Goose no continente chinês s?o "estritamente n?o reembolsáveis" e as trocas só podem ser feitas dentro de 14 dias após a compra. Jia disse que precisava assinar o termo de responsabilidade, caso contrário, seria impedida de levar a jaqueta.
Quando Jia percebeu o defeito do logotipo e voltou para a loja, foi informada que ela n?o poderia devolver o produto e teria que levar o pedido aos níveis superiores da empresa.
A Comiss?o de Prote??o ao Consumidor de Shanghai conversou na quarta-feira com o advogado da empresa, gerente sênior de atendimento ao cliente e gerente da loja de sua filial do IFC Mall em Shanghai, que alegou n?o ter certeza sobre a "política de troca", mas confirmou que a política de devolu??o de 30 dias afirmada no site da empresa n?o se aplica ao continente chinês, disse a comiss?o em um comunicado à imprensa.
A política de n?o-reembolso no continente também foi confirmada por muitos meios de comunica??o, incluindo o Beijing News e o Shanghai Morning Post, que pesquisaram nas lojas Canada Goose em todo o país.
Por volta das 10h de quarta-feira, a Canada Goose divulgou um comunicado na plataforma de mídia social Sina Weibo dizendo que a empresa estava ciente do caso e que "todos os produtos vendidos em lojas especializadas no continente chinês podem ser reembolsados de acordo com as leis e regulamenta??es pertinentes".
Mais de 1.000 internautas deixaram comentários na conta do Weibo da empresa, acusando-a de duplo padr?o e de discriminar os consumidores chineses. Alguns até pediram um boicote aos seus produtos.