O diretor regional da Organiza??o Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, participa de uma coletiva de imprensa conjunta em Atenas, Grécia, em 15 de abril de 2021. [Foto/Xinhua]
O diretor regional europeu da Organiza??o Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, alertou na ter?a-feira (11) que a variante Omicron pode se tornar mais prevalente na Europa à medida que a "onda" de infe??es se espalha para o leste.
"Também estou profundamente preocupado com o fato de que, à medida que a variante se move para o leste, ainda temos que ver seu impacto total em países onde os níveis de vacina??o s?o mais baixos. Veremos doen?as mais graves nos n?o vacinados", disse Kluge.
Segundo ele, a variante Omicron, agora se espalhando pelos Bálc?s, já está presente em 50 dos 53 países da Europa e ásia Central.
"Neste ritmo, o Instituto de Métricas e Avalia??o de Saúde (IHME, na sigla em inglês) prevê que mais de 50% da popula??o da regi?o será infetada com Omicron nas próximas 6 a 8 semanas", disse Kluge.
Kluge disse que as hospitaliza??es est?o aumentando devido à escala sem precedentes de transmiss?es na regi?o.
Para gerenciar melhor o impacto destrutivo do coronavírus nos servi?os de saúde, economias e sociedades, Kluge pediu a??es práticas, incluindo agir imediatamente e planejar contingências e priorizar sistemas de resposta durante o “fechar da janela de oportunidade”.
Ele também enfatizou a importancia de proteger os vulneráveis e "minimizar a interrup??o dos sistemas de saúde e servi?os essenciais".
O funcionário da OMS também pediu que as escolas permane?am abertas.
"Manter as escolas abertas beneficia significativamente o bem-estar mental, social e educacional das crian?as. Os prédios escolares devem ser os últimos a fechar e os primeiros a reabrir", afirmou Kluge.
Além disso, Kluge delineou seus cinco mantras estabilizadores de pandemia: vacina??o, terceiras doses ou refor?os, aumento do uso de máscaras, ventila??o de espa?os lotados ou fechados e o uso contínuo de novos protocolos clínicos para orientar a resposta ao Delta ou Omicron.
E a OMS Europa também disse que está "longe" de tratar a Covid-19 como endêmica.
"Ainda estamos longe. A endemicidade pressup?e, em primeiro lugar, uma circula??o estável do vírus em níveis previsíveis e ondas potencialmente conhecidas e transmiss?o epidêmica previsível", disse Catherine Smallwood, oficial sênior de servi?os de emergência da OMS Europa, quando questionada sobre o parecer sobre o recente pedido da Espanha à Uni?o Europeia para discutir a possibilidade da doen?a ser classificada como endêmica, semelhante à gripe ou à malária, que está sempre presente em uma determinada popula??o ou regi?o.
"O que estamos vendo no momento em 2022 n?o chega nem perto disso...Ainda temos um vírus que está evoluindo muito rapidamente e apresentando novos desafios... e ainda há muita imprevisibilidade", disse ela.