China e Estados Unidos devem "trabalhar juntos para conter as for?as separatistas de Taiwan", afirmou Qin Gang, embaixador chinês nos Estados Unidos.
O princípio de Uma Só China é a base mais importante das rela??es China-EUA nas últimas décadas, disse Qin em uma entrevista à Rádio Pública Nacional dos EUA transmitida na sexta-feira, acrescentando que os Estados Unidos têm se afastado desse compromisso "pouco a pouco".
Falando da recente escalada de tens?o na situa??o através do Estreito de Taiwan, Qin comentou: "Isso se deve ao fato de que a autoridade taiwanesa está tentando buscar a agenda da independência tomando emprestado apoio e incentivo dos Estados Unidos e os EUA est?o jogando carta de Taiwan".
"Tomamos conhecimento das palavras do presidente (Joe) Biden de que os Estados Unidos n?o apoiam a independência de Taiwan e que querem ver paz e estabilidade através do Estreito de Taiwan, e os Estados Unidos ir?o aderir à política de Uma Só China, mas até agora n?o temos visto muitas a??es para honrar suas palavras", disse.
Qin ressaltou que "faremos o nosso melhor com a maior sinceridade para alcan?ar uma reunifica??o pacífica", no melhor dos interesses das pessoas através do Estreito de Taiwan, no melhor dos interesses das rela??es China-EUA e no melhor dos interesses pela paz e estabilidade da regi?o.
Ao mesmo tempo, a China n?o se comprometerá a abrir m?o de meios n?o pacíficos para a reunifica??o, "porque isto é uma dissuas?o para as for?as separatistas, n?o visando o povo taiwanês", afirmou.
A quest?o de Taiwan "é o maior risco entre a China e os Estados Unidos", apontou Qin. "Se a autoridade taiwanesa, encorajada pelos Estados Unidos, continuar no caminho pela independência, isso muito provavelmente envolverá a China e os Estados Unidos, dois grandes países, em um conflito militar".
"A China n?o quer conflito nem confronta??o com os Estados Unidos. Os Estados Unidos n?o querem guerra com a China. Portanto, n?o guerra, n?o conflito é o maior consenso entre a China e os Estados Unidos. Portanto, vamos trabalhar juntos para conter as for?as separatistas de Taiwan, para dar uma chance à paz", acrescentou.
Considerando as rela??es China-EUA "as mais importantes", Qin disse que "devemos trabalhar direito e n?o estragar tudo".
"Mas a quest?o é: os Estados Unidos podem respeitar e aceitar a ascens?o da China como uma for?a positiva para manter ou facilitar a paz e a prosperidade mundiais? Os Estados Unidos podem acreditar que a ascens?o da China beneficiará outros países, ajudará as pessoas nos Estados Unidos e proporcionará mais oportunidades de negócios e mais empregos?", indagou.
"Ambos os países est?o em processo de reconhecimento mútuo e de encontrar uma forma adequada de se darem bem um com o outro". Na expectativa da China, esperamos que um bom relacionamento seja estabelecido com base nos princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e coopera??o ganha-ganha", disse o embaixador.