Pessoas descansam em um assentamento temporário perto de Mariupol, Ucrania, em 17 de mar?o de 2022. (Foto: Xinhua)
A Rússia alegou no sábado (19) que havia lan?ado mísseis hipers?nicos contra um depósito de armas na Ucrania, o primeiro uso das armas de próxima gera??o em combate, depois que o líder de Kiev pressionou por negocia??es "significativas" para interromper a "opera??o militar especial" em sua quarta semana.
Se confirmado, o uso do novo míssil hipers?nico Kinzhal ("punhal") da Rússia, que pode iludir a maioria dos sistemas de defesa, marcará uma nova escalada na campanha da Rússia para for?ar a Ucrania a abandonar as esperan?as de la?os mais estreitos com o Ocidente.
"O sistema de mísseis de avia??o Kinzhal com mísseis aerobalísticos hipers?nicos destruiu um grande armazém subterraneo contendo mísseis e muni??o de avia??o na vila de Deliatyn, na regi?o de Ivano-Frankivsk (no oeste da Ucrania)", disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, no sábado.
A regi?o de Ivano-Frankivsk compartilha uma fronteira de 50 quil?metros com a Romênia, membro da OTAN.
O ministério também disse que as for?as russas usaram o sistema de mísseis antinavio Bastion para destruir instala??es militares ucranianas perto do porto de Odesa, no Mar Negro.
O presidente russo, Vladimir Putin, que apresentou o míssil Kinzhal em 2018, o chamou de “uma arma ideal” que voa a 10 vezes a velocidade do som.
O porta-voz da For?a Aérea ucraniana, Yuri Ignat, disse à Agência France-Presse que o depósito em Deliatyn, uma vila perto da fronteira com a Romênia, foi de fato atingido, mas "n?o temos informa??es sobre o tipo de míssil".
O anúncio de Moscou veio horas depois que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky voltou a apelar pela paz, instando a Rússia a aceitar conversas "significativas" em seu último vídeo publicado nas redes sociais.
"Esta é a hora de nos encontrarmos para conversar, é hora de renovar a integridade territorial e a justi?a para a Ucrania", disse ele. "Caso contrário, as perdas da Rússia ser?o tais que várias gera??es n?o se recuperar?o".
A Ucrania afirmou no sábado que um general russo foi morto por ataques em um aeródromo nos arredores de Kherson, ao norte da Crimeia, dizendo que ele foi o quinto oficial de alto escal?o morto desde 24 de fevereiro.
A Rússia n?o confirmou a informa??o, mas disse que suas tropas romperam as defesas ucranianas para entrar na estratégica cidade portuária de Mariupol, no sul, levando mais pessoas a se juntarem aos milh?es que est?o fugindo de suas casas.
Na manh? de domingo (20), a Camara Municipal de Mariupol disse que uma escola de arte usada como abrigo na cidade sitiada foi bombardeada por for?as russas.
Cerca de 400 pessoas estavam abrigadas no prédio, que foi destruído no ataque, informou a Camara.
A Rússia negou repetidamente que seus ataques tenham como alvo civis, alegando que, em vez disso, estavam atacando instala??es militares com "armas de alta precis?o".
Mikhail Mizintsev, chefe do Centro de Gerenciamento de Defesa Nacional da Rússia, acusou os nacionalistas ucranianos de planejar ataques químicos em várias regi?es.
Ele afirmou que os nacionalistas colocaram minas em instala??es de armazenamento de am?nia e cloro na fábrica de produtos químicos Sumykhimprom em Sumy para envenenar os moradores da regi?o de Sumy caso tropas russas invadam a cidade.
Separadamente, o Servi?o Federal de Seguran?a da Rússia disse que as minas que os ucranianos colocaram no Mar Negro podem chegar até o Estreito de Bósforo e o Mar Mediterraneo.
As tempestades cortaram os cabos de algumas dessas minas, que agora flutuam livremente no oeste do Mar Negro, empurradas pelo vento e pelas correntes, alertou o servi?o de seguran?a.