O Ministro da Educa??o do Brasil, Milton Ribeiro, entregou nesta segunda-feira ao presidente Jair Bolsonaro seu pedido de exonera??o do cargo, pressionado por denúncias de haver favorecido pastores evangélicos na libera??o de fundos do ministério.

A saída de Ribeiro foi publicada em uma edi??o extra do Diário Oficial da Uni?o e se anunciou que o atual secretário executivo da pasta, Víctor Godoy Veiga, ocupará o posto de ministro.

Em sua carta de renúncia, Ribeiro se defendeu afirmando que "nunca praticou um único ato na gest?o da pasta que n?o tenha sido guiado pela corre??o, fique nenhuma incerteza sobre minha conduta e a do governo federal" e pediu "uma investiga??o completa".

A existência de um "gabinete paralelo" formado por pastores que controlariam os fundos e a agenda do ministério foi revelada pelo jornal O Estado de S?o Paulo na semana passada.

Por sua vez, o jornal Folha de S?o Paulo divulgou um áudio no qual Ribeiro disse que a libera??o de fundos seguiria a orienta??o de dois pastores.

Os pastores aos quais se refere o áudio s?o Gilmar Santos e Arilton Moura, que n?o tem cargos no governo, mas participaram de várias reuni?es com autoridades nos últimos anos.

Um prefeito do estado do Maranh?o (norte) disse ao Estado de S?o Paulo que Moura pediu "um quilo de ouro" em troca de receber fundos para seu município.

Pastor presbiteriano e professor, Milton Ribeiro, que assumiu o cargo em julho de 2020, foi o quarto ministro da Educa??o no governo de Jair Bolsonaro.

Sus antecessores foram Ricardo Vélez Rodríguez, que permaneceu no cargo de janeiro a abril de 2019, Abraham Weintraub, entre abril de 2019 e julho de 2020 e Carlos Decotelli, que renunciou apenas dois dias depois de ter sido designado, em meio a uma polêmica com rela??o a seu currículo.