Uma bandeira da Otan é vista na sede da Alian?a antes de uma reuni?o dos Ministros da Defesa da Otan, em Bruxelas, Bélgica, em 21 de outubro de 2021. [Foto: Agências]

A Otan tem estado muito engajada no conflito entre a Rússia e a Ucrania com a transferência de armas maci?as para a Ucrania, reunindo várias tropas na Europa Oriental e dando as boas-vindas à Suécia e à Finlandia para se juntarem à alian?a.

Analistas afirmaram que o desrespeito da Otan pelas preocupa??es legítimas da Rússia em rela??o à seguran?a e sua contínua expans?o s?o a causa raiz do surto e da escalada desse conflito. Se continuar a diminuir a pequena zona tamp?o que resta entre a Rússia e ela própria, a situa??o, sem dúvida, piorará.

O flanco leste da Otan geralmente se refere aos três países bálticos, a saber, Est?nia, Let?nia e Lituania, bem como Pol?nia, Eslováquia, Hungria, Romênia e Bulgária.

Antes da escalada do conflito Rússia-Ucrania, a Otan implantou uma for?a de combate em cada um dos três países bálticos e na Pol?nia e implementou um mecanismo de rota??o com tropas de guarni??o n?o permanentes.

Mas a Otan dobrou o tamanho das quatro for?as de combate acima mencionadas e declarou quatro novos grupos de batalha da Otan na Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia na cúpula da Otan realizada no mês passado.

A Otan é vista por muitos como um vestígio da Guerra Fria, e tem sido questionada sobre a necessidade de sua existência após o fim da Guerra Fria.

A alian?a militar na década de 1990 prometia que n?o se expandiria "uma polegada para o leste", segundo o ex-secretário de Estado americano James Baker. No entanto, liderada pelos Estados Unidos, a Otan expandiu-se cinco vezes para o leste desde 1999, aumentando o número de países membros de 16 para 30.

Além de fortalecer os desdobramentos no flanco leste, a Otan está recrutando novos membros na ala norte. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou repetidamente que, se a Finlandia e a Suécia se inscreverem na alian?a, a Otan os receberia e garantiria que sua entrada fosse aceita rapidamente.

Alguns analistas afirmam que antes da escalada do conflito Rússia-Ucrania, a Rússia havia repetidamente comunicado e confirmado aos EUA e à Otan sua linha vermelha, mas ambos a desconsideraram.

Dmitry Belik, membro do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma da Rússia, disse na semana passada que a Otan busca aumentar sua presen?a militar perto das fronteiras russas, mas a entrada da Finlandia e da Suécia na Otan n?o beneficiará esses países.

"Esta quest?o afeta seriamente nossa seguran?a, ent?o seremos for?ados a tomar medidas de retalia??o", disse ele ao jornal Izvestia.

Segundo o especialista militar Viktor Litovkin, caso a Finlandia e a Suécia decidam aderir à Otan, a Rússia fortalecerá justificadamente a fronteira russo-finlandesa, bem como toda a área de água do Golfo da Finlandia.

"A Rússia terá que fortalecer as for?as terrestres e a defesa aérea, implantar for?as navais significativas no Golfo da Finlandia no caso de a Finlandia e a Suécia se juntarem à alian?a", observou o especialista.