O Brasil defenderá uma reforma da Organiza??o Mundial do Comércio (OMC) e a incorpora??o de negocia??es "plurilaterais" na entidade durante a 12a Conferência Ministerial (MC12) da OMC, que se realizará em Genebra de 12 a 15 de junho, informaram fontes oficiais na última sexta-feira.
Em um comunicado, a Chancelaria brasileira assegurou que o país atua para que a MC12 possa obter resultados concretos concentrados em quatro áreas: "agricultura e seguran?a alimentar, comércio e saúde, subsídios à pesca e reforma da OMC".
Segundo o Ministério das Rela??es Exteriores do Brasil, as negocia??es em agricultura s?o prioritárias para o país, que entende ser fundamental avan?ar rumo ao disciplinamento efetivo dos subsídios agrícolas e à redu??o das barreiras ao comércio desse setor como forma de garantir a seguran?a alimentar e o desenvolvimento sustentável globais".
Em comércio e saúde, "o Brasil apoia o engajamento da OMC na resposta à pandemia, de maneira a estimular a produ??o global e facilitar a circula??o e distribui??o eficiente e equitativa de tratamentos, insumos e vacinas".
Com rela??o à pesca, a Chancelaria brasileira destacou que o país "trabalha por resultados ambiciosos em termos de sustentabilidade econ?mica e ambiental".
O governo brasileiro defende ainda "uma reforma capaz de revitalizar a OMC e restabelecer sua centralidade como organiza??o promotora do comércio e investimentos mundiais em bases justas, abertas e sustentáveis", acrescentou a nota.
Para além das negocia??es multilaterais, o Brasil participa ativamente das negocia??es em formato plurilateral em assuntos como comércio eletr?nico e facilita??o de investimentos, além das já concluídas negocia??es sobre a regula??o doméstica de servi?os.
"O Brasil considera que as negocia??es plurilaterais devem ser plenamente incorporadas à arquitetura institucional da OMC. A experiência recente mostra que esse formato é promissor para a apresenta??o de resultados concretos", ressalta o comunicado.
A Chancelaria conclui afirmando que o país "espera que a MC12 contribua para a recupera??o da economia mundial, a retomada dos fluxos de comércio e investimento internacionais e o fortalecimento do desenvolvimento sustentável".