A China exige que o Jap?o consulte plenamente as partes interessadas e organiza??es internacionais relativas sobre seu plano de descarga de água contaminada nuclear, disse nesta segunda-feira a porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Mao Ning.
Mao fez as observa??es em uma coletiva de imprensa regular quando solicitada a comentar sobre reportagens da mídia de que o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse na semana passada que a água contaminada da usina nuclear de Fukushima será lan?ada no oceano entre a primavera e o ver?o deste ano.
"Observamos reportagens relativas e estamos seriamente preocupados. Desconsiderando as fortes preocupa??es das pessoas no Jap?o e no resto do mundo, o governo japonês está decidido a aprovar o plano de descarga no mar, apesar de suas obriga??es sob o direito internacional. Este é um ato irresponsável que colocará em risco o ambiente marinho global e a saúde das pessoas", apontou Mao.
O Jap?o armazena mais de 1,3 milh?o de toneladas de água contaminada nuclear, o que significa que sua descarga no mar pode levar até 30 anos. A água contém mais de 60 radionuclídeos, que ser?o transportados pelo oceano para todas as partes do mundo dentro de uma década, causando danos imprevisíveis ao ambiente marinho e à saúde das pessoas, alertou a porta-voz.
"Os países vizinhos do Jap?o, incluindo a China, a República da Coreia, a República Popular Democrática da Coreia e a Rússia e os países insulares do Pacífico expressaram repetidamente suas preocupa??es e firme oposi??o ao plano de descarga oceanica", ressaltou Mao.
Ela ainda enfatizou que s?o deveres do Jap?o sob o direito internacional geral e a Conven??o das Na??es Unidas sobre o Direito do Mar, prevenir a polui??o ambiental, minimizar o efeito perigoso, consultar plenamente os países que podem ser afetados, garantir a transparência e se envolver na coopera??o internacional.
Ela exortou o Jap?o a levar a sério as preocupa??es legítimas de todas as partes, cumprir suas obriga??es, consultar plenamente as partes interessadas e organiza??es internacionais relativas, lidar com a água contaminada nuclear de maneira científica, aberta, transparente e segura, incluindo estudar alternativas à descarga oceanica e sujeitar-se totalmente à supervis?o internacional, de modo a proteger o único planeta que a humanidade chama de lar.