O Brasil usará novas tecnologias para que a polêmica explora??o de petróleo na regi?o da Foz do Amazonas cause os mínimos riscos ambientais possíveis, afirmou nesta segunda-feira a ministra da Ciência, Tecnologia e Inova??o, Luciana Santos.
Durante sua participa??o na Conferência Internacional sobre Tecnologia de Energias Renováveis (CITER), que se realiza na cidade brasileira de Teresina (capital do estado do Piauí, no nordeste), a ministra defendeu que a transi??o energética do modelo de explora??o do petróleo para as energias limpas é demorado e "n?o há como o Brasil abrir m?o" da explora??o do combustível fóssil.
N?o obstante, disse que o Brasil conta com novas tecnologias para minimizar os impactos dessa explora??o, como é o caso que está sendo proposto para a regi?o da Foz do Amazonas, muito criticada por todo o setor ambientalista.
"Nesse debate sobre a explora??o do petróleo, o Brasil também detém a principal tecnologia de explora??o de petróleo em águas profundas. Há décadas, e todos nós sabemos, é preciso ter uma transi??o, e essas transi??es nem sempre s?o t?o rápidas. Elas podem ser transi??es mais longevas, porque elas acabam sendo também ainda uma necessidade. N?o há ainda uma possibilidade de invers?o ou de mudan?a daquela base dessa matriz, que também é uma matriz energética", afirmou Luciana Santos.
Segundo a ministra, a Guiana explora a regi?o, que também está em território brasileiro. "é uma situa??o que você se depara com uma riqueza, que n?o deixa de ser uma riqueza, e que você tem que desenvolver a tecnologia para reduzir o impacto ambiental", disse.
Luciana Santos explicou que esta tecnologia busca reduzir os impactos ambientais. O tema provocou choque de discursos entre a Petrobras e o Ministério do Meio Ambiente, com envolvimento de senadores dos estados do Amazonas e Amapá.
"A Petrobras tem hoje a capacidade de reintrodu??o do CO2 na rocha com a tecnologia nova para poder fazer uma redu??o dos impactos ambientais na explora??o, mas n?o há hoje como o Brasil abrir m?o (da explora??o do petróleo), assim como nenhuma parte do mundo está abrindo m?o dos seus potenciais naturais, mesmo que ele ainda seja um combustível que precisa mitigar seus efeitos. Mas a pior alternativa é você n?o ter alternativa de matriz energética e é por isso que nós temos que equilibrar essa situa??o de modo a n?o perder vantagens, que n?o deixam de ser vantagens", explicou.
A Citer busca fomentar o diálogo entre diferentes setores da sociedade, disseminando conhecimento sobre as inova??es tecnológicas mais recentes no campo das energias renováveis, com foco especial no hidrogênio verde. Além disso, busca aumentar a conscientiza??o sobre as mudan?as climáticas e a importancia dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e do Acordo de Paris.
