Cerca de 9,6 milh?es de pessoas saíram da extrema pobreza no Brasil entre 2022 e 2023, reduzindo à metade (havia 19,1 milh?es de pessoas em situa??o de extrema pobreza em 2022), divulgou na quarta-feira o Ministério do Desenvolvimento, Assistência Social e Combate à Fome.
"O resultado reflete a implementa??o de uma ampla gama de políticas e programas sociais no Brasil, aliado à retomada do crescimento econ?mico, com a gera??o de empregos e renda e a valoriza??o do salário mínimo", comentou o ministro Wellington Dias.
A redu??o do número de pessoas que vivem em extrema pobreza ocorreu em todo o Brasil, mas a regi?o Nordeste, a mais pobre, foi a que apresentou os melhores resultados. Dos 9,6 milh?es que saíram dessa condi??o, 4,8 milh?es viviam no Nordeste no período da pesquisa. Isso equivale à metade do resultado alcan?ado em todo o país.
Em rela??o às pessoas que vivem na pobreza, o resultado no Nordeste também é positivo: 5,4 milh?es de pessoas que vivem na regi?o saíram dessa situa??o nos últimos dois anos.
Para se ter ideia, em 2021, a pobreza e a extrema pobreza juntas nos estados de Alagoas, Pernambuco e Maranh?o representavam mais de 60,5% da popula??o. Nos nove estados do Nordeste, 33 milh?es de pessoas pertenciam à linha da pobreza e outros 10 milh?es estavam na extrema pobreza em 2021.
O ministério atribuiu a redu??o da pobreza extrema ao relan?amento do famoso programa de transferência Bolsa Família em mar?o de 2023. Ao manter o valor mínimo de 600 reais (US$ 115), com a inclus?o de novos benefícios dependendo da composi??o familiar, o valor do benefício médio aumentou e gerou efeitos ainda maiores nos indicadores de pobreza monetária.
No final de 2023, meses após o relan?amento do Bolsa Família, quase 18 milh?es de pessoas tinham saído da pobreza, uma redu??o de quase 23% em dois anos.
Pessoas com uma renda familiar per capita inferior a 120 dólares por mês s?o consideradas na linha da pobreza. Na pobreza extrema est?o aquelas que vivem com menos de 40 dólares por mês per capita.