
Com cole??es que v?o desde técnicas artesanais de tecelagem até tinturas naturais e métodos sustentáveis, 22 marcas de moda africanas fizeram sua estreia na Semana de Moda Outono/Inverno 2025 de Shanghai, marcando a incurs?o ambiciosa das mesmas nos mercados chinês e asiático enquanto destacam o apelo da crescente "economia de estreia" da China.
Sob o tema "Innovascape", o evento, realizado entre 25 de mar?o e 1o de abril, apresentou cerca de 100 desfiles e reuniu aproximadamente mil marcas nas exposi??es.
Hannah Ryder, CEO da Development Reimagined, liderou a delega??o de 22 marcas africanas de 12 países. "Esta é a primeira vez que designers africanos vêm à China em grupo. Queremos transmitir que as marcas africanas est?o prontas para entrar no mercado chinês," disse ela, acrescentando que a Semana de Moda de Shanghai é uma chance n?o só de exibir cultura africana, mas também de construir parcerias com a indústria da moda da China e até da moda da ásia inteira.
Um dos destaques foi a marca sul-africana Molebatsi, que apresentou um conjunto audacioso: um casaco com bot?es de inspira??o chinesa, gola dupla e punhos reinterpretados a partir do Hanfu (vestuário tradicional chinês), adornados com padr?es geométricos africanos e tecidos que retratam cenas tribais sul-africanas.
A cofundadora da marca, Jessica Jane, é uma designer da áfrica do Sul. Em 2023, ela viajou à China para participar da Exposi??o Econ?mica e Comercial China-áfrica e, posteriormente, visitou Beijing.
"Fiquei fascinada pela história e tradi??o chinesas. Após a viagem, comecei a imaginar como unir elementos do Hanfu e das saias horse-faced à estética africana", relembrou Jane. Seu marido e parceiro de negócios, Wandile Molebatsi, enfatizou: "Há oportunidades incríveis de colabora??o entre áfrica e China. é emocionante ver como podemos crescer aqui".
"Ver designers africanos em um evento t?o influente é um passo crucial para uma indústria da moda mais inclusiva. Com colabora??o e acesso ao mercado, as marcas africanas podem se tornar protagonistas, n?o apenas um nicho", manifestou Phuti Tsipa, c?nsul-geral da áfrica do Sul em Shanghai.

O interesse internacional ficou evidente com a presen?a de Raphael Deray, comprador da famosa loja de departamentos francesa Printemps, que foi à feira diretamente do aeroporto. "A China é um mercado enorme para a moda. Tenho grandes expectativas de encontrar talentos aqui", declarou.
O conceito de "economia de estreia", que abrange lan?amentos de produtos, inaugura??es de flagships, novos servi?os e modelos de negócios, tem impulsionado o consumo na China e oferecendo garantia de servi?os para marcas domésticas e exteriores.
"é uma medida-chave para expandir a demanda interna. Shanghai está aprimorando políticas de apoio, como facilita??o aduaneira e incentivos financeiros, para atrair lan?amentos globais", apontou Liu Min, vice-diretora da Comiss?o Municipal de Comércio de Shanghai.
"Esperamos que mais marcas estabele?am presen?a duradoura aqui, come?ando com uma estreia, depois abrindo flagships e, por fim, sedes globais", acrescentou ela.