O governo mo?ambicano está intensificando os esfor?os para mapear os artefatos culturais que foram roubados do país durante o período colonial e que, agora, s?o mantidos em museus e institui??es no exterior, disse Samaria Tovela, ministra da Educa??o e Cultura.
Estima-se que pelo menos 800 itens pertencentes ao patrim?nio histórico e cultural de Mo?ambique foram levados sem o devido consentimento, e a repatria??o desses ativos é vista como um passo crucial para a justi?a histórica e a reconcilia??o cultural, afirmou a ministra nas celebra??es do Dia de áfrica, no domingo, em Maputo, capital do país.
"As repara??es históricas também se fazem pela via simbólica e cultural, por isso estamos a organizar-nos no sentido de debatermos como podemos nos reapropriar do que foi roubado do nosso país e, em geral, do continente africano", declarou Tovela, citando a AIM, a agência de notícias estatal de Mo?ambique.
"Por isso, o lema escolhido para o Dia de áfrica é: Justi?a para os africanos e as pessoas de descendência africana através de repara??es", observou ela.
Por sua parte, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Coopera??o, Maria Manuela Lucas, disse que a quest?o de repara??es históricas exige um diálogo multilateral sensível, considerando as consequências humanas e ambientais das práticas no período colonial, como deporta??es, deten??es arbitrárias, tortura e pilhagens.
O embaixador da República Democrática do Congo em Mo?ambique, Antoine Kola Masala Ne Beby, afirmou que a áfrica n?o só é o ber?o da humanidade, mas também o cora??o da esperan?a global, por isso ele vê as repara??es como um pilar da justi?a global e uma ferramenta para a reconcilia??o com a humanidade.