O avan?o constante da Iniciativa Cintur?o e Rota (ICR), juntamente com uma rede crescente de acordos bilaterais de livre comércio, abrirá um novo potencial para os la?os de comércio e investimento entre a China e a América Latina nos próximos anos, informou o China Daily, citando observadores do mercado e exportadores.
Com a melhoria na conectividade da infraestrutura no ambito da ICR por meio da atualiza??o das instala??es portuárias, redes de logística e corredores de comércio digital, eles indicaram que a integra??o regional está avan?ando, reduzindo os custos de transporte e expandindo o acesso aos mercados globais.
Embora vários países estejam enfrentando desafios gerados por protecionismo e unilateralismo, os acordos de livre comércio (ALC) de alto padr?o, como o ALC China-Chile, o ALC China-Equador e o ALC China-Costa Rica, servir?o de referência para futuras parcerias econ?micas, promovendo o comércio baseado em regras, a prote??o da propriedade intelectual e as práticas de desenvolvimento sustentável, disse Wang Qian, pesquisador especializado em comércio internacional da Universidade de Negócios e Economia Internacionais de Shanghai.
à medida que a China continua a expandir sua abertura de alto padr?o e os países latino-americanos buscam estratégias de diversifica??o, a estrutura bilateral em evolu??o n?o apenas aprofundará a interdependência econ?mica, mas também promoverá o crescimento inclusivo e a prosperidade compartilhada em ambos os lados, de acordo com Wang.
Segundo o Ministério do Comércio, a China está agora negociando atualiza??es para o ALC China-Peru e discutindo novos ALCs com o Panamá e Honduras. Além disso, o país realizou um estudo de viabilidade de ALC China-Col?mbia, com o objetivo de fortalecer a coopera??o comercial e econ?mica bilateral.
A natureza complementar das economias dos dois lados amplia ainda mais o potencial para uma coopera??o mais profunda, disse Sun Yanfeng, pesquisador especializado em estudos latino-americanos do Instituto de Rela??es Internacionais Contemporaneas da China, com sede em Beijing.
Os abundantes recursos naturais e a produ??o agrícola da América Latina se alinham perfeitamente com a proeza manufatureira e o vasto mercado consumidor da China, criando sinergias comerciais robustas, declarou Sun.
"Empresas chinesas, como a BYD, a China General Nuclear Power Corp e a China COSCO Shipping Corp, também est?o investindo cada vez mais em setores como energia renovável, manufatura, transporte, minera??o e agronegócio em toda a América Latina, trazendo capital, tecnologia e saber para as economias locais", acrescentou.
O fluxo de investimento direto da China para a América Latina totalizou US$ 14,71 bilh?es em 2024. Durante o primeiro trimestre de 2025, o investimento chinês na regi?o atingiu US$ 270 milh?es. Até mar?o deste ano, os países latino-americanos haviam estabelecido um total de 37 mil empresas na China, mostraram dados do Ministério do Comércio.
O volume de comércio China-América Latina bateu um recorde de US$ 518,47 bilh?es em 2024, um aumento anual de 6%, enquanto o valor total de comércio ficou em US$ 162,21 bilh?es entre janeiro e abril, revelou a Administra??o Geral das Alfandegas.
A Changzhou Samkit Electric Co Ltd, fabricante de eletrodomésticos de Changzhou, na Província de Jiangsu, no leste da China, enviou aspiradores de pó inteligentes no valor de 1,15 milh?o de yuans (US$ 159.420) para o Brasil no início de maio e participará de mais feiras comerciais na América Latina na segunda metade deste ano, observou a Alfandega de Nanjing.
"Mudar nosso foco de um único mercado - principalmente os Estados Unidos - para mercados emergentes, como o Brasil, será nossa transforma??o mais importante este ano", disse Qiu Riju, gerente geral da empresa.