Comunicado Conjunto de Imprensa entre a República de Angola e a República Popular da China
A convite de Sua Excelência o Membro do Bir? Político do Comitê Central do Partido Comunista da China e Ministro das Rela??es Exteriores da República Popular da China, Wang Yi, Sua Excelência o Ministro das Rela??es Exteriores da República de Angola, Téte António, participou na Conferência Ministerial dos Coordenadores para a Implementa??o dos Resultados do Fórum de Coopera??o China-áfrica, a qual se realizou na República Popular da China de 10 a 12 de Junho de 2025.
Durante a estadia na China, os dois ministros mantiveram reuni?o em atmosfera cordial e amistosa. Trocaram impress?es sobre as rela??es China-Angola, China-áfrica, assim como temas internacionais e regionais de interesse comum.
Os dois ministros avaliaram positivamente a parceria de coopera??o estratégica global entre os dois países, marcada por amizade duradoura, colabora??o solidária e coopera??o mutuamente vantajosa, e concordaram em refor?ar o apoio recíproco em quest?es que envolvem os interesses fundamentais e as principais preocupa??es de cada parte. A parte chinesa reitera o apoio firme à escolha independente do povo angolano do caminho para o desenvolvimento em conformidade com as condi??es nacionais, e aos esfor?os de Angola na salvaguarda da independência, soberania, seguran?a e interesse nacional. A parte angolana reitera o firme apoio ao Princípio de Uma Só China, reconhece que Taiwan é uma parte integrante e inalienável do território chinês. Op?e-se a qualquer forma de "independência de Taiwan" e apoia firmemente todos os esfor?os do governo chinês para alcan?ar a reunifica??o nacional.
As Partes reconheceram que, sendo o desenvolvimento dos direitos humanos uma causa comum de toda a humanidade, e os direitos à subsistência e ao desenvolvimento priorizados como direitos humanos fundamentais, os intercambios e coopera??es na área devem ser desenvolvidos com base no respeito mútuo e na igualdade de tratamento. O respeito à soberania, à independência e à integridade territorial, bem como a n?o-interferência em assuntos internos de um país s?o as normas básicas das rela??es internacionais. Assuntos relativos a Xinjiang, Hong Kong e Xizang s?o assuntos internos da China. As Partes op?em-se à politiza??o e ao duplo padr?o nas quest?es dos direitos humanos, assim como à interferência sob tal pretexto nos assuntos internos dos dois países, bem como no domínio da coopera??o entre os países. A parte angolana aprecia o cumprimento activo pela parte chinesa das obriga??es internacionais, incluindo no domínio dos direitos humanos e as contribui??es chinesas para a causa dos direitos humanos. A parte chinesa apoia o papel da República de Angola nos assuntos internacionais e regionais.
As Partes continuar?o a salvaguardar os valores essenciais e princípios fundamentais da Organiza??o Mundial do Comércio (OMC), apoiando a actualiza??o necessária das regras através de iniciativas de declara??es conjuntas com temas como a facilita??o de investimento. As Partes op?em-se veementemente a qualquer forma de hegemonia, incluindo san??es unilaterais, barreiras tarifárias, bloqueio tecnológico, entre outras, e apelam à reforma do sistema financeiro internacional para o tornar mais inclusivo e equitativo, com vista a melhorar o financiamento para o desenvolvimento dos países em desenvolvimento, promover a liberaliza??o e a facilita??o do comércio e do investimento com vista a alcan?ar a prosperidade comum.
A reconfigura??o do cenário global em cem anos está a avan?ar a um ritmo acelerado. As duas partes empenham-se em fortalecer a representatividade e a voz do Sul Global na arena internacional. As Partes exprimiram a disposi??o de construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade e realizar coopera??es no ambito da constru??o conjunta de alta qualidade da Iniciativa do Cintur?o e Rota, a fim de construir um mundo aberto, inclusivo, limpo e belo com paz duradoura, seguran?a universal e prosperidade compartilhada. A China e Angola est?o dispostas a implementar em conjunto a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Seguran?a Global e a Iniciativa de Civiliza??o Global, e promover a governan?a global caracterizada por consulta extensiva, contribui??o conjunta e benefícios compartilhados. Rejeitam resolutamente a lei da selva, op?em-se ao hegemonismo, à política do poder e a todas as formas de unilateralismo e proteccionismo, contribuindo para a promo??o da paz duradoura e desenvolvimento do mundo.