O governo brasileiro está promovendo a bioeconomia como pilar central para o desenvolvimento regional na Amaz?nia, com o objetivo de enfrentar a crise climática, gerar emprego e renda e valorizar os territórios tradicionais, anunciou nesta segunda-feira o Ministério da Integra??o e Desenvolvimento Regional (MIDR).
A iniciativa faz parte do Programa BioRegio, coordenado pelo MIDR, e será uma das principais propostas que o Brasil apresentará na 30a Conferência das Na??es Unidas sobre Mudan?as Climáticas (COP30), marcada para novembro em Belém, no Pará.
O BioRegio busca transformar os recursos naturais e socioculturais da Amaz?nia em oportunidades concretas de inclus?o social e crescimento econ?mico, respeitando a biodiversidade e os conhecimentos tradicionais. "A riqueza que advém da nossa floresta pode e deve promover o desenvolvimento da regi?o, de forma soberana e com base na ciência, no conhecimento local e no respeito aos territórios", afirmou Daniel Fortunato, Secretário Nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial.
Segundo o MIDR, o programa visa consolidar a bioeconomia como vetor estratégico para a diversifica??o das cadeias produtivas na Amaz?nia Legal, por meio do uso sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais. Produtos como castanhas, óleos vegetais, fibras, mel de abelhas nativas e fitoterápicos est?o entre os setores priorizados como alternativas econ?micas viáveis e sustentáveis.
"O objetivo é fortalecer a base socioecon?mica dos territórios amaz?nicos e oferecer oportunidades de capacita??o e inser??o profissional, especialmente para jovens, que poder?o traduzir o conhecimento técnico adquirido em universidades e institutos federais em novos negócios, startups inovadoras e no desenvolvimento de produtos e servi?os", afirmou Vitarque Coêlho, Coordenador-Geral de Gest?o Territorial do MIDR.
A estratégia conta com o apoio de uma rede colaborativa que integra governos locais, setor privado, universidades, centros de pesquisa, institui??es financeiras e comunidades tradicionais. As solu??es ser?o desenhadas de acordo com as voca??es produtivas e os ativos ambientais e culturais de cada regi?o, a fim de garantir maior efetividade nas políticas públicas e reduzir as desigualdades territoriais.
O programa se apresenta como uma resposta climática com identidade regional, combinando preserva??o ambiental com inclus?o econ?mica. "A lógica do BioRegio é transformar a Amaz?nia e outros biomas em polos de inova??o sustentável. é uma estratégia climática baseada nas pessoas que vivem, conhecem e cuidam da floresta, em coopera??o com empresas, organiza??es da sociedade civil e centros de pesquisa", enfatizou Fortunato.