Mais de 50 representantes proeminentes dos círculos político, empresarial e acadêmico de Portugal se reuniram em Lisboa na quarta-feira para discutir as oportunidades delineadas no próximo 15o Plano Quinquenal da China, destacando amplas perspectivas para a coopera??o bilateral e o desenvolvimento ganha-ganha.

O seminário "Interpreta??o do 15o Plano Quinquenal da China e Perspectivas para a Coopera??o Futura China-Portugal" focou na complementaridade estratégica dos dois países, onde os participantes enfatizaram a coopera??o tecnológica, o comércio e o investimento.

Maria Branco, representante de Assuntos da áfrica, ásia e Oceania da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, destacou as fortes complementaridades em energia renovável e verde, transforma??o digital, mobilidade verde, saúde e inova??o tecnológica. Ela afirmou que Portugal está pronto para expandir investimentos por meio de parcerias mais estratégicas e de longo prazo.

De acordo com dados oficiais, o estoque de investimento direto da China em Portugal agora ultrapassa 13 bilh?es de euros (US$ 14,99 bilh?es), enquanto o comércio bilateral atingiu US$ 9,3 bilh?es em 2024, mais de sete vezes o volume de 2005.

Ecoando a vis?o de Branco, o deputado português Hugo Carneiro, presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-China, enfatizou o "notável dinamismo tecnológico" da China, afirmando que Portugal n?o deve apenas atrair investimentos chineses, mas também incentivar suas próprias empresas a explorar o promissor mercado chinês. "O cenário tecnológico em rápida evolu??o da China será crucial para o desenvolvimento futuro de Portugal", afirmou.

Líderes empresariais também expressaram otimismo em rela??o aos la?os bilaterais e às oportunidades que surgem do desenvolvimento de longo prazo da China.

António Noronha, presidente da Camara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa, disse que as prioridades delineadas nas propostas para o 15o Plano Quinquenal da China est?o estreitamente alinhadas com a própria agenda estratégica de Portugal. Ele enfatizou que o planejamento de longo prazo e a previsibilidade das políticas da China oferecem um ambiente estável valorizado pelas empresas portuguesas.

Pesquisadores em Portugal também veem perspectivas positivas ligadas à dire??o de desenvolvimento da China. Rodrigo Martins, presidente da Academia Europeia das Ciências, destacou os rápidos avan?os da China em novos materiais, energia sustentável e manufatura avan?ada, afirmando que os dois países se complementam em capacidades científicas e aplica??es industriais. Ele afirmou que esse alinhamento abrirá novas possibilidades para laboratórios conjuntos, comercializa??o de pesquisas e intercambios entre jovens talentos.

Jorge da Silva, do Instituto Português de Rela??es Internacionais, disse que o nível de moderniza??o da China surpreende muitos europeus, acrescentando que intercambios acadêmicos e parcerias de inova??o mais profundos devem acompanhar o desenvolvimento da China.

Segundo Hu Bin, Encarregado de Negócios a.i. da Embaixada da China em Portugal, o 15o Plano Quinquenal da China servirá como um guia estratégico para o desenvolvimento do país nos próximos cinco anos, enquanto sinaliza estabilidade de política e expectativas confiáveis para o mundo.

Ele expressou esperan?a de que Portugal e China continuem avan?ando na inova??o, desenvolvam novos projetos de demonstra??o em transi??o verde e economia azul, e trabalhem juntos para elevar sua parceria estratégica abrangente a novos patamares.