BUENOS AIRES, 23 fev. (Diário do Povo Online) – O diplomata argentino Diego Guelar, recém nomeado para assumir o cargo de embaixador na China, destacou nesta segunda-feira as "oportunidades" que Beijing gera para os países emergentes.
O embaixador argentino, que deverá estar no comando da representa??o diplomática do seu país no próximo mês, disse que "quando se trata do relacionamento com a segunda potência mundial, que está disputando para ser a primeira, a parceria comercial é um pouco óbvia."
A presen?a da China a nível internacional "se consolidou simbolicamente em novembro do ano passado, quando a sua moeda, o yuan, foi inserida na cesta de moedas do FMI, ou seja, quando passou a estar no mesmo patamar do dólar, do iene, do euro e da libra", disse ele.
"Para mim é um grande desafio e uma honra representar a Argentina na China," salientou Diego Guelar.
Em uma entrevista para a Rádio Nacional Folclórica, o representante argentino destacou que a China é um grande "mercado consumidor" e que "o atual processo de abertura é uma tremenda oportunidade para os países emergentes, como a Argentina, diversificarem sua pauta de exporta??o. "
"Atualmente, 86% das nossas exporta??es para a China s?o alimentos. Essas exporta??es est?o concentradas, no máximo, em 15 grandes exportadores", disse ele. No entanto, "99,5% das exporta??es da China para a Argentina s?o produtos industrializados, divididos em 3 mil empresas. é longo o caminho que temos para saber o que podemos fazer em rela??o a tal mercado", disse o embaixador.
Na semana passada, o diplomata disse estar pensando em trabalhar no sentido de aplicar uma política de simplifica??o de vistos para os cidad?os chineses que desejarem visitar a Argentina.
O embaixador disse ainda que n?o se pode querer que o dinheiro venha da China mas n?o quer a presen?a de trabalhadores chineses no país. “Nós n?o precisamos ter medo da presen?a dos turistas, trabalhadores ou empresários chineses, ” disse ele.
Ele também destacou a "parceria estratégica global" que rege as rela??es entre os dois países.
Diego Guelar mencionou também a importancia da China em projetos como o do trem de cargas Belgrano (norte do país), minera??o (Serra Grande e Patag?nia) e energia.
"N?o vemos a China como uma tábua de salva??o, mas como um componente para o desenvolvimento da Argentina", disse ele.
Edi??o: Rafael Lima