
Um restaurante em Lisboa
A presidente da Federa??o Mundial de Gastronomia Chinesa, Yang Liu, afirmou que, de acordo com estatísticas ainda incompletas, o número de restaurantes chineses a operar no exterior do país já ultrapassa os 500 mil. O mercado destes estabelecimentos envolve mais de 250 bili?es de dólares, o equivalente a sensivelmente metade do mercado de restaura??o (restaurantes e setor alimentar) chinês.
Os dados indicam também que se verifica neste momento uma transi??o, em que é dada preferência à culinária ortodoxa chinesa em prejuízo da dos pratos chineses adaptados ao paladar ocidental.
Yang Liu pronunciou-se no1o Festival de Artes Culinárias e 25o aniversário da funda??o da Federa??o Mundial da Indústria de Restaura??o Chinesa. Segundo ela, a presen?a de restaurantes chineses encontra-se concentrada na Europa, América e Sudeste Asiático.
Muitos dos chineses a viver no estrangeiro adotaram a restaura??o como forma de obter um ganha-p?o. Porém, há também uma percentagem, ainda que reduzida, de negócios domésticos que se expandiram para o estrangeiro, ou cederam os direitos de uso da sua marca através da franquia.
O “Relatório da Situa??o do Desenvolvimento da Gastronomia Chinesa no Mundo” revela que mais de 80% dos negócios da restaura??o chinesa no estrangeiro abrangidos no relatório procuraram formar associa??es industriais e plataformas de contacto com o ramo a nível doméstico, entre os restaurantes chineses, a nível internacional e até com os governos dos países onde operam.
A tendência recente é para o retorno à culinária ortodoxa chinesa. Devido às condi??es dos países de acolhimento da vaga de emigra??o do século anterior serem diferentes da China, as refei??es confecionadas passaram a tornar-se num misto de culinária chinesa com elementos da cultura gastronómica dos países de acolhimento.
Porém, atualmente, muitos destes negócios come?aram a adotar as tradi??es originais da gastronomia chinesa.
Os primeiros pratos chineses a serem confecionados fora do país cingiam-se a preparados básicos como o a carne esfiada com aroma peixe, o tofu “mapo”, entre outros. Atualmente a presen?a da culinária chinesa em países como os EUA, Holanda, Reino Unido, Alemanha, Fran?a, entre outros, é já proeminente e bem distinta dos primórdios, existindo agora uma grande quantidade de pratos que podem ser saboreados.
A indústria de restaura??o chinesa passou do foco exclusivo no seu próprio nicho de mercado para uma expans?o em várias frentes. Estes estabelecimentos procuram agora reduzir os custos de opera??o, optando por recorrer aos servi?os dos grandes fornecedores. Alguns restaurantes come?aram a adotar e a alterar as receitas, alimentos e a recorrer a máquinas e engenhos que permitem uma melhor performance. Além disso, a propaganda é feita através de uma sinergia entre anúncios, indústria turística e imobiliária.
A gastronomia chinesa come?ou a funcionar como um meio de divulga??o da cultura do país. Entre os vários elementos da China que funcionam como veiculadores da sua cultura encontramos a culinária, história, artes decorativas, música, pintura, e caligrafia.
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