Beijing, 4 jul (Xinhua) -- A China pediu na sexta-feira às Filipinas que trabalhem com a China para aproveitar o poder de negocia??o para resolver as disputas sobre o Mar do Sul da China.
O porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores Hong Lei fez as observa??es em uma coletiva de imprensa diária em resposta aos comentários feitos pelo presidente filipino Rodrigo Duterte durante a primeira reuni?o de seu gabinete, após sua posse na quinta-feira.
"Deus sabe que eu n?o quero declarar qualquer luta com qualquer um. Se nós pudermos ter paz por meio de conversas, eu ficarei realmente feliz", disse Duterte, que assinalou anteriormente que estava aberto a conversar com a China sobre as disputas marítimas.
Hong disse que as disputas s?o, no final das contas, assuntos entre a China e as Filipinas.
A arbitragem sobre o Mar do Sul da China, iniciada pelo ex-presidente Benigno S. Aquino III é inválida e ilegal, disse Hong.
"As disputas entre a China e as Filipinas só podem ser resolvidas via negocia??o bilateral com base no respeito completo a fatos históricos e de acordo com direitos internacionais", disse Hong.
"Esperamos que as Filipinas possam trabalhar com a China e reunir uma com a outra a meio caminho, de forma que as disputas sejam adequadamente resolvidas", comentou.
Alberto Encomienda, ex-secretário-geral do Centro de Assuntos Marítimos e Oceanicos do Departamento de Assuntos Estrangeiros filipino, disse recentemente em uma entrevista à Xinhua que o governo filipino tem ficado atrás das crescentes tens?es no Mar do Sul da China.
"A China defendeu negocia??es desde o princípio, mas no início nós n?o", expressou ele.
Hong disse que esses fatos revelados pelo ex-diplomata filipino "mostraram, mais uma vez, que o governo de Aquino III mentiu" sobre a inicia??o unilateral da arbitragem de Mar do Sul da China no Tribunal Permanente de Arbitragem em Hague.
O tribunal disse que emitiria uma decis?o judicial em 12 de julho.
O Ministério das Rela??es Exteriores chinês disse na quarta-feira que o Tribunal Arbitral n?o tem nenhuma jurisdi??o sobre o caso e as matérias sujeitas relacionadas, e que n?o deveria ter ouvido o caso ou dado o julgamento.