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100 dias na China: uma brasileira em busca da harmonia

Fonte: Xinhua    18.11.2016 14h50
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Por Keila Candido

Arcelina Helena Públio Dias, jornalista e escritora - Crédito Arquivo Pessoal

A jornalista e escritora paulista Arcelina Helena Públio Dias desembarcou em Beijing na tarde fria do dia 2 de novembro para completar seus últimos passos de peregrina??o pela China. A capital é a última parada da viagem de 100 dias que come?ou em Lhasa, no Tibete. Viajando sozinha, aos 72 anos e sem falar mandarim, Arcelina tem encarado o desafio com bom-humor, resiliência e ouvidos interessados. “Se tem algo com o que n?o me preocupo é com as coisas que n?o posso mudar”, diz, com a calma de quem tem tempo para gastar - ritmo que destoa do movimento apressado do dia a dia chinês.

Em uma única bagagem, ela carrega, além de poucas roupas, jornais, livros e blocos de anota??o, materiais de pesquisa para o livro que está escrevendo sobre a China. Ela foi ao país em busca da harmonia, nos seus diversos sentidos: harmonia entre as pessoas, entre o Estado e povo, convivência de religi?es, no bem–estar social, conceitos que também se baseam no pensamento do filósofo chinês Confúcio.

Católica beneditina, ela quis entender como acontece a prática da religi?o nesse país de budistas, taoístas, ateus e crist?os. “No Brasil existe uma desinforma??o sobre como está a igreja Católica na China”, disse. E o que encontrou ao visitar diversas igrejas e mosteiros pelas dez cidades onde passou foi uma igreja que “vai muito bem”. “Eu vi igrejas cheias de chineses e estrangeiros, com missas em várias línguas”, afirma. Algo bem diferente das histórias que ouviu de que n?o era permitido rezar, e de que a religi?o é praticada de maneira clandestina. Em agosto de 2014, o governo chinês enviou uma mensagem dizendo "que tem boa vontade para melhorar as rela??es com o Vaticano” e que continua “fazendo esfor?os para alcan?ar esse objetivo”. “Nesse projeto de nova China, essa quest?o religiosa também está inserida e isso é uma forma de buscar a harmonia”, diz. Estima-se que há no país 12 milh?es de católicos.

A China foi a única terra a pisar sem falar a língua. Em seu projeto de escrever sobre cinco continentes, escolheu lugares em que poderia se comunicar com a popula??o local. A estratégia dessa vez foi observar bastante e usar mímica. “Dentro do espírito da peregrina??o, tem gente que carrega a cruz, literalmente”, afirma. “As minhas cruzes foram as dificuldades que encontrei por n?o falar mandarim.”

Viajante solitária, sem patrocínio e com pouco dinheiro, teve que contar com a ajuda de várias pessoas ao longo do caminho. Ficou hospedada na casa de quem n?o conhecia, em mosteiros, albergues, universidades, e fez boa parte dos trechos entre as cidades de trem. Mesmo sem saber a língua, foi bem recebida pelos chineses – e também por brasileiros vivendo na China. “Os anjos que apareceram pelo caminho” a ajudaram a sair de diversas ciladas. Ela perdeu avi?o, comprou passagem de trem com a data errada, caiu na escada do metr?, deu voltas e voltas nas ruas por receber informa??es desencontradas, ficou incontáveis vezes confusa com os ideogramas, comeu sem saber o que tinha no prato. E se esses perrengues n?o s?o suficientes, Arcelina ainda teve de lidar com as dificuldades de comunica??o via internet. O alívio foi n?o ter adoecido e ter se dado muito bem com a culinária chinesa.


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