Por Luís Felipe Amaral da Silva Pestana
A política externa chinesa entrou numa nova fase, com a apresenta??o da sua mais recente inova??o: em Setembro e Outubro de 2013, o presidente Xi Jinping, dava a conhecer a iniciativa “Cintur?o Económico da Rota da Seda e da Rota da Seda Marítima do Século XXI” (Um Cintur?o e uma Rota). Este ambicioso projeto, tem como base, a influência que a China construiu ao longo dos últimos 40 anos no panorama internacional, especialmente, na ásia Central, Sudeste Asiático e áfrica Subsaariana. No espa?o europeu, Pequim, optou por uma aproxima??o estratégica aos países de Leste, sendo que, a Rússia detém um grande peso, fruto das fortes rela??es bilaterais que mantém com a República Popular da China (RPC). Esses la?os com o governo chinês, foram refor?ados com a crise da Crimeia e com as san??es impostas pelo Ocidente. Principal consequência desse facto, foi a necessidade de Moscovo investir fortemente na venda de recursos energéticos para a China, como forma de contrabalan?ar a queda dos seus lucros junto dos países da Uni?o Europeia (UE).
De momento, esta iniciativa n?o engloba nenhum Estado para além da Alemanha, deixando de parte a Fran?a, Reino Unido, Espanha e Portugal. Apesar de ser importante destacar que a iniciativa tem apenas três anos de existência e de incidir especialmente na Eurásia, Portugal poderá ser o elemento comum, fundamental para Pequim, refor?ar os la?os com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). N?o obstante a complexidade da iniciativa “Um Cintur?o e Uma Rota”, obriga a uma reflex?o sobre o desenvolvimento atual deste projeto ambicioso e saber em que medida Portugal poderá ser útil para a sua concretiza??o.
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