O chanceler chinês, Wang Yi
Nas vésperas do ano novo, o ministro das Rela??es Exteriores da China, Wang Yi, fez uma retrospectiva da diplomacia do país de 2016 e revelou as prospe??es do próximo ano, em uma entrevista exclusiva ao Diário do Povo.
Segundo Wang, por entre agita??es e mudan?as, termos que definem a situa??o internacional de 2016, a China salvaguardou os interesses nacionais e consolidou os seus passos nas complexidades mundiais e governan?a global, aproximando-se do centro do cenário mundial e se tornando um estabilizador dos tumultos.
A China apresentou o seu próprio plano sobre a governan?a global e promoveu um sistema político e econ?mico internacional mais justo e sensato, afirmou o ministro.
Em setembro, o presidente Xi Jinping presidiu com sucesso a cúpula do G20, na cidade de Hangzhou, impulsionando a transforma??o do mecanismo de governan?a, a fim de responder às crises contemporaneas. Na cúpula, os países participantes registraram ainda uma série de resultados frutíferos.
Na cúpula do APEC realizada em novembro em Lima, no Chile, o presidente Xi expressou a voz chinesa na oposi??o ao protecionismo, promovendo a globaliza??o econ?mica em busca de beneficência e inclus?o.
Além disso, o líder apresentou o plano chinês sobre o estabelecimento da zona de livre comércio ásia-Pacífico.
“As rela??es políticas entre a China e outros países se tornaram mais sólidas, com o aprofundamento da coopera??o pragmática e a amplia??o do ‘circuito dos amigos’ da China”, afirmou Wang Yi.
No decorrer do último ano, as rela??es entre o país e outras potências também obtiveram avan?os.
Os presidentes Xi e Obama realizaram uma “l(fā)onga conversa no Lago Oeste”, durante a cúpula do G20 em Hangzhou, trocando opini?es em quest?es estratégicas a fim de aumentar a confian?a mútua.
Após as elei??es gerais dos EUA, Xi Jinping telefonou para o presidente eleito Donald Trump, tendo ambos manifestado vontade de melhorar as rela??es bilaterais.
Naturalmente, os la?os sino-americanos podem encarar novas complexidades e incertezas no futuro.
Os dois países só realizar?o coopera??es estáveis e duradouras com o respeito mútuo e cuidados com os interesses essenciais, “essa é uma tendência histórica e a dire??o correta da coopera??o sino-norte-americana”, apontou Wang.
Os chefes de Estado da China e da Rússia realizaram cinco encontros nesse ano, promovendo a um novo patamar a parceria estratégica de coordena??o integral.
Quanto às rela??es com os países vizinhos, o presidente filipino Rodrigo Duterte, contrariamente à atitude hostil do seu antecessor, escolheu a China como o seu primeiro destino de visita fora da ASEAN.
O aprimoramento dos la?os sino-filipinos dissipou a nuvem que cobriu os dois países durante longos anos, eliminando os obstáculos a fim de aprofundar a coopera??o entre a China e a ASEAN.
“Salvaguardar a soberania nacional, seguran?a e o desenvolvimento é a miss?o da diplomacia”, expressou o chanceler, acrescentando que a China realizou um contra-ataque no caso da arbitragem sobre o Mar do Sul da China iniciado pelo ex-governo das Filipinas, tendo promovido para uma resolu??o pacífica da quest?o, através do diálogo entre os países envolvidos.
A China avan?ou ainda na cria??o e constru??o dos projetos da inciativa “Um Cintur?o e Uma Rota” com os países relevantes, assinalou.
No que diz respeito aos trabalhos do ano vindouro, Wang Yi relembrou que a diplomacia chinesa tem quatro tarefas principais: criar um bom ambiente externo para garantir a realiza??o do 19o Congresso Nacional do Partido Comunista da China; organizar a cúpula de coopera??o sobre a iniciativa “Um Cintur?o e Uma Rota” e a 9a cúpula do BRICS; continuar a promover o melhoramento das rela??es com os Estados Unidos e refor?ar as rela??es com outros países; e proteger os interesses dos cidad?os e institui??es da China nos países estrangeiros.
Wang Yi concluiu que a diplomacia chinesa irá contribuir para a realiza??o do Sonho Chinês em rela??o à revitaliza??o nacional.