Numa altura em que Washington reitera o seu compromisso de seguran?a com o Jap?o, após uma visita do Primeiro-ministro Shinzo Abe aos EUA, os analistas constataram que a Casa Branca tem sido reticente em alinhar com os desígnios japoneses a fim de conter a China.
A China deverá estar política e militarmente preparada, pois o acordo irá afetar os seus interesses, incluindo os direitos de soberania e estabilidade regional, defendem os analistas.
O refor?o da alian?a de seguran?a entre os EUA e o Jap?o terá sido o motivo principal da visita de Abe aos Estados Unidos da América, entre os dias 9 e 13 de fevereiro.
Depois de se encontrar com Trump na sexta-feira, na Casa Branca, Abe voou até Palm Beach, na Flórida, onde deu continuidade à discuss?o de vários assuntos e praticou golfe com o presidente norte-americano, segundo noticiado pela AFP.
Uma declara??o conjunta, transmitida após a reuni?o em Washington, abordou a maioria das preocupa??es de seguran?a regional da China — a Península Coreana, o Mar da China Oriental e o Mar do Sul da China.
O documento é considerado a prova escrita mais importante da afirma??o do Artigo 5 do Tratado de Coopera??o Mútua e Seguran?a EUA-Jap?o, no qual está previsto que os EUA poderiam interceder militarmente a favor do Jap?o no caso de ataque às ilhas chinesas de Diaoyu.
Washington, por sua vez, defende que o Artigo 5 terá apenas sido verbalmente referido.
Trump suavizou as hostilidades para com a China na coletiva de imprensa conjunta, denotando que a longa e “calorosa” conversa com Xi Jinping, na sexta-feira (dia 10) fora importante também para Tóquio.
Antes de se reunir com Abe, Trump conversou via telefónica com o presidente chinês, no qual foi reafirmado o compromisso dos EUA com a política de “Uma Só China”, e expressado o interesse em aprofundar a coopera??o bilateral.
Liang Yunxiang, professor de estudos japoneses na Universidade de Pequim, afirma que a declara??o conjunta, realizada após a reuni?o dos dois líderes, demonstra que Trump tem uma vis?o própria da China.
Donald Trump relembrou a Abe a importancia dos la?os sino-americanos “para demonstrar que os EUA também desempenham um papel equilibrador nos assuntos externos, e que o Jap?o deveria evitar provocar a China”, defende Liang, acrescentando que “Trump n?o tem planos de um confronto total com a China, como Abe espera, pois enfurecer Beijing n?o será benéfico para os americanos”.
“Apesar de grandes conflitos serem improváveis, pequenos atritos n?o dever?o ser descartados”, o que imp?e que Beijing esteja pronta para tal, conclui Liang.?