“Proto-palácios” e igrejas

Proto-palácios, em Jinjiang

Em Jinjiang, quando a palavra-chave é “antigo”, é impossível ignorar o quarteir?o de Wudianshi — centro histórico e ber?o da cidade — e os vários edifícios de estilo hakka que ali funcionam como portal espa?otemporal para a China clássica.

Neste espa?o de 126 acres podem ser encontrados mais de 100 estruturas erigidas com os tradicionais tijolos vermelhos, congregando elementos que perpassam uma heran?a cultural com início na China dinástica até à atualidade.

Os edifícios ali presentes, apelidados de "proto-palácios", devido às idiossincrasias artísticas envolvidas na sua constru??o, especialmente o supramencionado uso dos tijolos vermelhos, um dos cart?es de visita da arquitetura hakka, devem o seu nome à influência que alegadamente viriam a exercer na constru??o dos aposentos imperiais.

Capela das Almas

A cidade do Porto, famosa (também) pelo nome que dá ao vinho produzido na regi?o, foi edificada nas proximidades do rio Douro — artéria através da qual pulsa a energia que se propaga pela segunda maior cidade de Portugal. 

A presen?a ubíqua de igrejas no semblante urbano do Porto é um dos seus tra?os característicos. Com efeito, 13 das divis?es da urbe ter?o sido delineadas tendo por eixos o perímetro circundante às igrejas.

Como exemplo representativo da arquitetura religiosa da cidade, a realiza??o elegeu a Capela das Almas, com 90% da sua fachada revestida com os tradicionais azulejos em tons de azul e branco.

Construída no séc. XVIII, a capela viria posteriormente, já no séc. XX a receber os azulejos que a tornam característica, cujos padr?es estéticos remetem ao estilo artístico impregnado na porcelana chinesa.

Refere o repórter que esta variante de azulejaria terá sido obtida outrora, pelos portugueses, através do contacto que mantinham com os holandeses, sendo que os últimos, por sua vez, haviam furtado os segredos das técnicas de ceramica chinesa. Porém, como n?o haviam ainda dominado os processos de cada etapa de produ??o, nomeadamente o tempo de exposi??o ao calor, era-lhes apenas possível obter pe?as finas, tendo daqui originado este estilo, que viria a evoluir e ser uma op??o recorrente na decora??o de edifícios em Portugal.