Shanghai, 6 jul (Xinhua) -- Uma série de padr?es foi publicada na quarta-feira para regulamentar a robusta indústria de bicicletas compartilhadas na China.
Shanghai e Tianjin projetaram normas que entrar?o em vigor em 1o de outubro, depois de escutarem opini?es de fabricantes e operadores de bicicletas compartilhadas.
As companhias como Mobike e Ofo aderir?o aos padr?es em produ??o, opera??o e manuten??o de bicicletas compartilhadas.
As normas especificam uma vida útil de três anos para todas as bicicletas e exigem que as operadoras distribuam pelo menos um funcionário de manuten??o por cada 200 unidades.
Também regularizar?o a gest?o de cau??es, o atendimento de reclama??es e o pagamento de indeniza??o.
Mais de 10 milh?es de bicicletas compartilhadas est?o nas ruas das cidades chinesas, operadas por mais de 30 empresas. Entre elas, a Mobike e a Ofo respondem por mais de 90% do mercado.
De acordo com o Centro de Pesquisa do Comércio Eletr?nico da China, o número de usuários do servi?o atingiu 18,86 milh?es, ante 2,45 milh?es de 2015.
Mais usuários significam mais reclama??es. Nos primeiros quatro meses deste ano houve mais de 2.600 queixas em Shanghai, quase nove vezes mais que no mesmo período de 2016, disse Ning Hai, subsecretário-geral do Conselho de Consumidores de Shanghai.
A devolu??o de cau??es e pagamentos adiantados, ocupa??o excessiva do espa?o nas ruas e mau estacionamento s?o problemas mais destacados.
As normas estipulam que cau??es e adiantamentos devem ser devolvidos em menos de sete dias após a solicita??o.
Antes que um operador saia do negócios, deve submeter um plano às autoridades locais, avisar seus usuários e explicar como devolverá o dinheiro, indicam as normas.
O fracasso dos negócios n?o é irrelevante. Onze operadores contam com mais de um milh?o de bicicletas compartilhadas nas ruas de Shanghai, quase o dobro que a demanda, disse Guo.
O conselho de consumidores de Shanghai descobriu que 37% das bicicletas compartilhadas na cidade estavam fora das áreas de estacionamento. De acordo com os novos padr?es, Shanghai necessita 5 mil funcionários de manuten??o, muitos mais que o número atual.
As autoridades de Shanghai est?o marcando áreas de estacionamento em mapas online para garantir um estacionamento ordenado das bicicletas compartilhadas, assinalou o engenheiro chefe da Associa??o de Bicicletas de Shanghai, Xu Daohang.
O compartilhamento --seja de bicicletas, automóveis, propriedades ou qualquer outro tipo de bem-- se tornou popular nas cidades chinesas, com os moradores vendo suas vidas se tornarem mais fáceis e econ?micas.
Um relatório recente mostrou que em 2016 cerca de 600 milh?es de chineses estavam compartilhando algum tipo de servi?o, quase metade da popula??o do país.
No ano passado, o volume de comércio da economia do compartilhamento dobrou em rela??o ao ano anterior para cerca de 3,5 bilh?es de yuans (US$ 516 bilh?es), segundo um relatório publicado pelo Centro de Informa??o do Estado.
A economia compartilhada crescerá a uma taxa média anual de 40% nos próximos anos, e até 2020 representará mais de 10% do PIB nacional, segundo o documento.