Beijing demonstrou a sua oposi??o ao uso de leis domésticas de Washington para impor uma jurisdi??o de longo alcance e san??es unilaterais sobre entidades e indivíduos chineses, após anunciar novas san??es contra Pyongyang.
Os Estados Unidos informaram, na sexta-feira, que estavam impondo seu maior conjunto de san??es à República Popular Democrática da Coreia.
De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, as novas san??es visam um indivíduo, 27 entidades e 28 navios localizados, registrados ou sinalizados na RPDC, afiliadas ao continente chinês, Singapura, Taiwan, Hong Kong, Ilhas Marshall, Tanzania, Panamá e Comores.
O porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Geng Shuang, disse no sábado que a China havia exortado os EUA a cessarem imediatamente as suas “equivocadas a??es”, por forma a evitar prejudicar a coopera??o bilateral.
A China sempre implementou de forma abrangente e estrita as resolu??es do Conselho de Seguran?a da ONU, tendo cumprido com suas obriga??es internacionais, refor?ou Geng.
O país nunca permitiu que cidad?os ou empresas chinesas se envolvessem de alguma forma em atividades que violem as resolu??es da ONU, reiterou.
Se for provada a existência de viola??es das resolu??es da ONU ou da lei do país, “a China irá proceder ao tratamento de tais infra??es de acordo os procedimentos legais concernentes”, asseverou o porta-voz.
A a??o tomada pelos EUA coincide com o recente momento positivo verificado na península coreana, já que Pyongyang e Seul iniciaram uma aparente aproxima??o durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang.
A administra??o de Trump se comprometeu com a aplica??o de "máxima press?o " contra a RPDC desde a tomada de posse do atual presidente estadunidense, no início de 2017, visando travar os programas de desenvolvimento nuclear e de mísseis de Pyongyang.
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmou que o país já imp?s mais de 450 san??es contra a RPDC, das quais metade foram aplicadas em 2017.
Ruan Zongze, vice-presidente do Instituto de Estudos Internacionais da China, disse que exercer press?o máxima sobre a RPDC mostra que os EUA n?o confiam no do melhoramento das rela??es na Península Coreana.
“A ‘press?o máxima’ n?o é uma boa prática, pois é contrária à melhoria das rela??es entre as duas Coreias verificada nos Jogos Olímpicos de Inverno”, disse Ruan.
"Os EUA deveriam esfor?ar-se por criar mais oportunidades de diálogo", acrescentou.