O governo chinês está confiante de que a taxa de desemprego permanecerá baixa, tendo colocado várias políticas em andamento para apoiar os trabalhadores do país afetados pelas tens?es comerciais atuais, segundo altos funcionários do principal regulador econ?mico do país.
Ha Zengyou, vice-chefe do departamento de emprego e distribui??o de renda da Comiss?o Nacional de Desenvolvimento e Reforma, disse que a China n?o receia os efeitos externos no mercado de trabalho doméstico e que há uma margem significativa de manobra para reduzir as incertezas.
Várias medidas podem ajudar a China a reduzir o impacto negativo, incluindo a expans?o contínua da demanda, o consumo interno e um fundo de seguros para o desemprego, disse Ha.
"Temos a capacidade de responder aos desafios, desde que ajustemos as macropolíticas atenpadamente e continuemos a implementar mais esfor?os para expandir a demanda interna pelo consumo e investimento", afirmou.
Ha acrescentou que uma maior dependência da demanda doméstica para impulsionar o crescimento, em vez das exporta??es, significa que o impacto geral das tens?es comerciais estará sob controle.
Medidas preferenciais como programas de treinamento para trabalhadores, cortes de impostos e políticas financeiras para reduzir os custos de empréstimos para pequenas e médias empresas, ser?o introduzidas para ajudar a dissipar os efeitos das tens?es comerciais, segundo Chang Dewei, outro vice-diretor do departamento.
Os Estados Unidos anunciaram em 10 de julho uma segunda rodada de reajustes tarifários visando uma faixa mais ampla de 200 bilh?es de dólares em importa??es chinesas, variando desde componentes eletr?nicos a ra??es para animais de estima??o. As mercadorias poder?o estar sujeitas a uma tarifa adicional de 10%.
No início deste mês, os EUA aplicaram uma tarifa adicional de 25% sobre os bens chineses no valor de 34 bilh?es de dólares, incluindo dispositivos médicos e partes de avi?es. A China respondeu com tarifas de valor semelhante sobre as exporta??es dos EUA, incluindo soja, carne de porco e automóveis.
O mercado de trabalho da China permaneceu relativamente estável e mostrou sinais de melhoria no primeiro semestre deste ano, segundo dados oficiais publicados esta semana.
No primeiro semestre do ano, foram criados 7,52 milh?es de novos empregos, 170 mil a mais do que no período homólogo do ano anterior, segundo o Ministério de Recursos Humanos e Previdência Social. A taxa de desemprego registrada nas áreas urbanas foi de 3,83%, uma queda de 0,12 pontos percentuais em rela??o a 2017.
A meta da China é manter a taxa de desemprego urbano abaixo dos 5,5% este ano, e a taxa de desemprego geral abaixo dos 4,5%.