BEIJING, 12 de set (Diário do Povo Online) - Com os gigantes do comércio eletr?nico e lojas físicas a unirem for?as para expandir a integra??o online/offline, o conceito de “varejo sem fronteiras” está reformulando o desenvolvimento da indústria.
Zhao Ping, diretor do departamento de investiga??o de comércio internacional do Conselho da Academia Chinesa para a Promo??o do Comércio Internacional (CACPCI), disse que tal integra??o está promovendo o desenvolvimento próspero da indústria de varejo. Além disso, recorrendo ao big data, está também sendo incrementada a inova??o da indústria de manufatura.
A coopera??o entre a JD e a Qumei Home Furnishings Group é um exemplo disso. No centro de experiências de habita??es inteligentes JD-QM, os consumidores têm acesso às melhores experiências de compras potenciadas pela tecnologia do comércio eletr?nico.
Todos os itens em exposi??o possuem uma etiqueta digital que os consumidores podem usar para aceder a informa??es importantes sobre determinado produto e adicioná-lo ao seu carrinho de compras virtual. As informa??es de compra dos consumidores s?o também usadas para guiar as empresas no processo de manufatura.
O Grupo Alibaba, gigante do comércio eletr?nico, uniu for?as com as lojas convencionais para consolidar o varejo sem fronteiras. A tecnologia de realidade virtual permite aos consumidores verem o resultado de vestirem uma pe?a de roupa sem terem que a vestir efetivamente. As lojas possuem telas capazes de identificar o gênero e a idade aproximada dos clientes, fazendo recomenda??es de produtos apropriados com base nestes dados.
Um recente relatório da CACPCI revela que as lojas físicas reconhecem a importancia do varejo sem fronteiras. Um total de 69.5% considera que a integra??o sem fronteiras é uma tendência de futuro na indústria do varejo, e 62% afirma que o varejo sem fronteiras é benéfico para as empresas, pois aumenta o fluxo de consumidores, bem como a sua satisfa??o e lealdade.
De acordo com o relatório, 51.3% das empresas manufatureiras consideraram que o varejo sem fronteiras seria uma importante tendência de desenvolvimento no seu futuro modelo de negócios, e 69.2% afirma que ser?o ativamente implementadas estratégias relacionadas com a integra??o sem fronteiras. Entre os que já aplicaram as estratégias relacionadas, 56.4% afirma que as suas vendas aumentaram, enquanto 71% garante que os seus custos de inventaria??o haviam caído.
Os consumidores antecipam também melhores experiências. De acordo com um inquérito levado a cabo pelo CACPCI, 71.7% dos consumidores considerou que o varejo sem fronteiras melhorou a sua experiência de compras, e 97.7% aguarda ansiosamente por mais produtos e servi?os relacionados com o varejo sem fronteiras, de modo a aumentar a conveniência das suas vidas.
Apesar de todos os benefícios, o relatório salienta ainda os desafios que o varejo sem fronteiras enfrenta, incluindo as diferentes formas de pensamento entre as diversas indústrias, os obstáculos à promo??o e aplica??o de novas tecnologias, a prote??o dos direitos dos consumidores, e a falta de experiência. De modo a debelar estes problemas, o CACPCI sugeriu que o governo deveria criar um ambiente de inova??o, e que as empresas deveriam acelerar o ritmo da integra??o “sem fronteiras”.
“A recém aprovada lei do comércio eletr?nico, que entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2019 irá oferecer prote??o legal a este setor”, afirmou Zhao.
Liu Hui, diretor do Instituto de Investiga??o de Big Data da JD, afirma que a integra??o sem fronteiras altera o modo de pensar, a demanda de talentos, bem como a estrutura e modelo de negócios do varejo.
“A tendência do futuro para as empresas consiste em usar a tecnologia para alterar subtilmente os consumidores, sem deixar que eles sintam a inten??o de criar uma cena de consumo. Deste modo, a sua experiência de utilizador pode ser refor?ada”, constatou Liu. “Queremos oferecer mais bens e servi?os mais convenientes, do modo mais confortável possível”.