SHENZHEN, 16 de jan (Diário do Povo Online) – Ren Zhengfei, fundador e presidente da gigante de telecomunica??es chinesa Huawei, de 74 anos, falou sobre os problemas futuros e de seguran?a da empresa com a mídia na sede da empresa em Shenzhen.
Seis jornalistas foram convidados para a reuni?o, incluindo repórteres do Financial Times, Bloomberg e do Wall Street Journal, informou um relatório da BBC, acrescentando que o evento é raro pois a última vez que algo do gênero aconteceu foi há mais de três anos.
"A Huawei atende 3 bilh?es de clientes em 30 anos em 170 países e tem um bom histórico de seguran?a. Nunca houve um grande problema", disse Ren ao Financial Times.
"A Huawei é uma empresa independente, estamos comprometidos em estar do lado dos nossos clientes quando se trata de seguran?a cibernética e prote??o da privacidade. Nunca prejudicaremos qualquer na??o ou indivíduo.
"O Ministério das Rela??es Exteriores já esclareceu que nenhuma lei na China exige que qualquer empresa instale backdoors. A Huawei ou eu nunca recebemos qualquer solicita??o de qualquer governo para fornecer informa??es", disse o fundador.
Ren também disse que estava sentindo muita falta de sua filha Meng Wanzhou, a diretora financeira da empresa de tecnologia, está atualmente sob fian?a e enfrenta um processo de extradi??o para os EUA.
Um estande da Huawei durante a CES 2019 em Las Vegas, Nevada, em 9 de janeiro de 2019. [Foto / Agências]
Quanto ao futuro da Huawei, Ren disse que 2019 poderia ser um ano difícil, com receita crescendo abaixo de 20%. A empresa, disse ele, tem como alvo US $ 125 bilh?es em receita para o ano todo, informou a CNBC.
Ren disse ainda que a Huawei n?o sofrerá o mesmo destino se sua empresa for atingida com san??es similares à ZTE.
"Temos investido pesadamente em pesquisa e desenvolvimento por muitos anos. O que aconteceu com a ZTE n?o acontecerá com a Huawei", disse Ren.
O fundador também observou que a Huawei n?o é uma empresa listada e n?o precisa de um relatório financeiro aprazível. "Podemos até reduzir nossas margens se a Huawei n?o for bem-vinda em alguns mercados", disse Ren. "Enquanto pudermos sobreviver e alimentar nossos funcionários, sempre haverá um futuro para nós", concluiu Ren.