S?o Paulo, 15 jan (Xinhua) -- Cerca de um ter?o do tráfego de dados de comunica??o do Brasil passa por equipamentos ou solu??es da Huawei, segundo o diretor de tecnologia da empresa no país sul-americano, Nicolas Driesen. No Brasil, operadoras de telefonia, grandes empresas do setor privado e estatal, além de micro, pequenas e médias empresas e também governos fazem parte da carteira de clientes. Entre os cerca de 700 funcionários, 75% s?o locais, e entre os expatriados, há colaboradores de diferentes partes do mundo.
é com este perfil que a empresa oferece uma gama variada de servi?os, atenta a garantir uma comunica??o mais eficiente. No Brasil, das três grandes áreas da Huawei, apenas uma n?o está coberta, a do consumidor individual. Seus smartphones, tablets, relógios e outros gadgets ainda n?o est?o disponíveis no mercado brasileiro, mas n?o está descartado o desembarque para breve.
O foco da Huawei no Brasil divide-se em dois setores: o de servi?os para operadoras de telefonia, oferecendo solu??es e produtos de infraestrutura de comunica??o (caso de equipamentos para tecnologias de transmiss?o de dados tais quais 2G, 3G, 4G, 4G+ e 5G, esta última ainda a ser implantada entre este e o próximo ano), e para companhias, em que s?o oferecidas solu??es de rede e infraestrutura de tecnologia de informa??o, como servidores e data centers. Assim, a Huawei atende desde bancos com servi?os de comunica??o financeira a plataformas de petróleo ou companhias localizadas em áreas remotas e que dependem de conectividade, caso de mineradoras.
Com escritórios em diversas capitais, caso de S?o Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre, o que garante uma diversifica??o regional, a Huawei do Brasil também aposta em investimentos e parcerias para pesquisa e desenvolvimento. é o caso da parceria com o Instituto Nacional de Telecomunica??es (Inatel), em que engenheiros e outros profissionais recebem treinamento em Tecnologia da Comunica??o e Informa??o, além de desenvolverem solu??es para operadoras de telefonia e dados. Ou do convênio com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em que o Smart City Innovation Center busca estudar cidades inteligentes e no qual é oferecido um curso de capacita??o em internet das coisas (IoT, na sigla em inglês).
A integra??o com academia e institui??es brasileiras é um dos aspectos da empresa, que prima por atender à legisla??o local, no que tange a termos trabalhistas, fiscais e ambientais:
"A Huawei vai além das obriga??es previstas em lei, oferecendo cursos de treinamento e aperfei?oamento em diferentes áreas. Um dos exemplos é a reciclagem por que passam os executivos da empresa a cada três meses sobre sistemas anti-corrup??o, a fim de que conhe?am os limites de atua??o e a legisla??o brasileira", destaca Driesen.
Segundo o executivo, que está há 10 anos na empresa e viaja regularmente à China para treinamentos, a integra??o entre funcionários locais e expatriados na Huawei é outro ponto a ser destacado.
"Aprendemos a língua um do outro, nem que sejam algumas poucas palavras, até como aproxima??o e brincadeira. Também nos tornamos amigos íntimos de alguns colegas chineses, e houve mesmo casos de alguns que casaram com brasileiras", conta o diretor.
Dentre os servi?os que a Huawei oferece no Brasil, Driesen destaca a conex?o até o continente africano, via Camar?es, por meio de fibra ótica; um projeto de seguran?a na prefeitura de Campinas (SP), em que a Huawei oferece n?o apenas cameras, mas a interliga??o do sistema, o que permite captar imagens de outros equipamentos de vídeos de outras marcas, e o gerenciamento de casos na cidade; e o projeto de conectividade na Amaz?nia, ao longo do Rio Amazonas, o que garante acesso à internet para popula??es ribeirinhas.
No país, a Huawei também já implantou inversores em fazendas de painéis fotovoltaicos, equipamentos que fazem a transforma??o da energia solar captada pelas placas em energia elétrica, que, ent?o, pode ser distribuída no sistema.