Rio de Janeiro, 20 mar (Xinhua) -- Um consórcio liderado pela Odebrecht, empresa brasileira de constru??o civil envolvida na crescente investiga??o de corrup??o Lava Jato, perdeu uma concess?o para operar o emblemático Estádio do Maracan?.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciou nesta segunda-feira a decis?o, acusando o Consórcio Maracan? de dever ao Estado cerca de US$ 10 milh?es em direitos n?o pagos há dois anos.
"Estamos retomando o Maracan?", disse Witzel em entrevista coletiva. "Ele será administrado pelo Estado em parceria com os clubes. N?o vejo nenhuma dificuldade nisso".
O Consórcio Maracan? recebeu uma concess?o de 35 anos para operar o estádio em 2013, após uma reforma de 500 milh?es de dólares americanos para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
O estádio sofreu períodos de negligência nos últimos dois anos e meio, apesar da realiza??o de jogos regulares dos clubes de futebol locais, Flamengo e Fluminense.
Witzel disse que a recis?o entrará em vigor dentro de 30 dias, acrescentando que o Maracan? será operado no futuro sob um acordo de coopera??o entre os setores público e privado.
Além das supostas viola??es contratuais, Witzel disse que o estádio n?o poderia ser administrado por uma empresa ligada à Lava Jato, considerada o maior escandalo de corrup??o do Brasil.
Vários executivos da Odebrecht, incluindo seu presidente, foram presos por participarem de um esquema em que investigadores disseram que bilh?es de dólares foram canalizados para políticos em troca de contratos públicos lucrativos.
O Consórcio Maracan? informou que comentaria depois de analisar a decis?o.
Witzel disse que a decis?o n?o afetará a Copa América, que será disputada no Brasil de 14 de junho a 7 de julho. O Maracan? está programado para sediar cinco partidas do torneio, incluindo a final.