Vários advogados em Hong Kong juntaram-se na quarta-feira à condena??o generalizada à invas?o violenta do Conselho Legislativo (LegCo), dizendo em um comunicado que o ato “ultrapassou os limites da liberdade de express?o e pode ser considerado um ato político com uma agenda implícita”.
Os advogados apelaram à comunidade legal para se unir e enviar uma mensagem inequívoca de que a Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), uma comunidade que defende o Estado de Direito, nunca irá tolerar a violência.
O comunicado representou mais de 135 membros da advocacia, incluindo Maria Tam Waichu, vice-diretora do Comité da Lei Básica do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional. O comunicado foi lido pela causídica e legisladora Priscilla Leung Mei-fun, perante o LegCo, o qual foi sitiado, ocupado e vandalizado por manifestantes radicais na segunda-feira à noite.
Leung disse que os manifestantes haviam atacado o princípio “um país, dois sistemas” através das suas a??es, após tomarem de assalto o Complexo Legislativo. Eles destruíram documentos, acenaram com a bandeira colonial de Hong Kong e denegriram a insígnia local após terem ocupado a camara.
“Isso revela que estavam lá com um propósito”, disse Leung, acrescentando que o distúrbio da ordem pública por motivos políticos havia já ultrapassado os limites da comunidade de Hong Kong.
O comunicado disse também que a cidade nunca irá aquiescer à violência e que os manifestantes extremistas ter?o de receber uma puni??o legal.
Juntando-se a Leung estava a advogada Kacee Ting Wong, que criticou os colegas de profiss?o da cidade no lado oposto por permanecerem indiferentes à violência. Ting disse que haviam falhado na sua responsabilidade de assegurar e manter o Estado de Direito nos sistemas legais de Hong Kong.
O LegCo iniciou as repara??es na quarta-feira. Oficiais legislativos estimam que as repara??es poder?o custar entre HK$50 milh?es a HK$60 milh?es ($6,4 milh?es a $7,7 milh?es).
Na ter?a-feira, o edifício havia se tornado uma cena de crime onde a polícia estava ocupada em busca de provas. Um trabalhador empregue pelo Departamento de Alimenta??o e Higiene Ambiental disse ao China Daily que mais de 200 trabalhadores haviam sido enviados para proceder à limpeza da área.