5. China promove acordo político e intera??es frequentes na quest?o da Península Coreana
Entre 20 e 21 de junho, o presidente Xi Jinping foi convidado a visitar a República Popular Democrática da Coréia. A 17 de dezembro, a China e a Rússia apresentaram uma possível resolu??o para um acordo político na quest?o peninsular ao Conselho de Seguran?a da ONU, encorajando a RPDC e os EUA a respeitarem as preocupa??es um dos outro e a trabalharem juntos. Desde o início deste ano, com a promo??o ativa da comunidade internacional, incluindo a China, a situa??o na península levou a vários contactos. O segundo encontro entre os líderes da RPDC e dos EUA foi realizado em Hanoi, no Vietname, no final de fevereiro. Os líderes norte-coreano e estadunidense encontraram-se de novo em Panmunjom em junho. No entanto, os EUA n?o responderam aos apelos da RPDC, mantendo as san??es sobre o país, o que levou a uma perda de confian?a. A situa??o permanece incerta.
6. EUA abandonam “Tratado de For?as Nucleares de Alcance Intermediário”, deixando dúvidas sobre nova corrida às armas
A 2 de agosto, apesar da oposi??o da comunidade internacional, os EUA insistiram em abandonar o Tratado de For?as Nucleares de Alcance Intermediário, o qual foi oficialmente terminado. No início do ano, os EUA anunciaram que haviam suspendido as suas obriga??es sob o referido tratado, e que haviam iniciado os procedimentos de retirada. Subsequentemente, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou uma ordem para a suspens?o russa do mesmo. Após abandonarem o tratado, os EUA dispararam sucessivamente vários mísseis cruzeiro e balísticos de médio alcance. Estas medidas fizeram aumentar a preocupa??o global sobre uma nova corrida às armas. O unilateralismo deixou o mundo numa situa??o mais complexa, e os fatores de instabilidade e incerteza aumentaram significativamente.
7. Brexit e os desafios à coes?o europeia
A 19 de outubro, o parlamento britanico decretou que a data do Brexit seria adiada de 31 de outubro para 31 de janeiro de 2020. A candidatura foi aprovada pela Uni?o Europeia, e o Reino Unido evitou novamente, temporariamente, um “Brexit sem acordo”.
O “Brexit”, que já leva mais de 3 anos, se tornou um permanente motivo de litígio. O processo de integra??o europeia enfrenta agora risco de estagna??o ou mesmo de retrocesso. Isto n?o só enfraqueceu o estatuto internacional do bloco, como também a sua influência global, tendo um impacto complexo do panorama político regional e mundial.
8. Chile cancela conferência internacional, instabilidade social assola diversos países
A 30 de outubro, o Chile anunciou o cancelamento da organiza??o da Cúpula da APEC e da Conferência para as Altera??es Climáticas da ONU devido à instabilidade verificada no país. Em 2019, uma onda de protestos atingiu vários países no mundo. Greves nacionais e protestos ocorreram em vários países da América Latina; o movimento dos “coletes amarelos” come?ou em 2018 e evoluiu até à escala nacional; protestos e amotina??es surgiram em resposta ao Brexit e a quest?es ambientais; algumas cidades italianas foram afetadas por greves; alguns dos mais agressivos protestos em décadas ocorreram na Espanha; o Iraque, Ir?, Líbano, Etiópia e outros países foram também imersos na instabilidade social; na índia duras críticas à lei da cidadania levaram a confrontos com a polícia em diversos pontos do país, tendo daí decorrido mais de 20 mortes.
O caos em vários países reflete um aumento significativo dos focos de risco e instabilidade globais. As raz?es para esses acontecimentos s?o a crescente lacuna entre ricos e pobres, acumula??o da insatisfa??o das pessoas, problemas institucionais, dificuldades de governan?a e contradi??es sociais.
9. Termina a negocia??o do maior acordo de livre comércio global, coopera??o regional melhorada
A 4 de novembro, o terceiro encontro dos líderes da Associa??o Econ?mica Integral Regional (RCEP, sigla inglesa) foi realizado na Tailandia. Os líderes participantes emitiram um comunicado conjunto, anunciando que 15 dos estados membros haviam concluído todas as negocia??es para aceder, e trabalhariam no sentido de assegurar que um acordo seria assinado no próximo ano. Com o alcance do acordo, estariam reunidas as condi??es para formar o maior acordo de livre comércio do mundo.
Face ao pano de fundo do crescente protecionismo, a China, Jap?o, Coreia do Sul e outros países promoveram ativamente a RCEP para ser assinada na data prevista, em 2020, tendo um grande significado para a promo??o da integra??o econ?mica e manuten??o do sistema multilateral, servindo para o incremento da confian?a na economia mundial e nos investidores. No entanto, a índia anunciou que n?o se irá juntar à RCEP por enquanto, e o Jap?o ressalvou que “n?o irá se juntar à RCEP sem a índia”, indicando que o futuro da institui??o n?o será simples.
10. “Supremo Tribunal” da OMC adverte para os efeitos do protecionismo na economia mundial
A 11 de dezembro, o Supremo Tribunal da Organiza??o Mundial de Comércio (OMC), o corpo apelativo da OMC, foi paralisado pela obstru??o estadunidense, após 25 anos de opera??o. Este ano os EUA têm mantido a tendência de bullying comercial, aplicando tarifas em produtos exportados para o país, provenientes de países como a China, México, índia e Uni?o Europeia. Com o desenvolvimento profundo da globaliza??o econ?mica, o protecionismo comercial causou impactos profundos nas cadeias industrial e comercial globais.
No contexto de um ambiente internacional extremamente complexo, a China e os EUA alcan?aram no final de dezembro um acordo para o texto da primeira fase do acordo comercial entre as duas partes, com base na igualdade e respeito mútuo. Isto ajudará os dois países a alcan?arem a coopera??o nos domínios econ?mico e comercial, resolvendo efetivamente as diferen?as existentes. O acordo deverá levar ao aumento da confian?a de mercado e à cria??o de um ambiente propício à normal atividade económica, comercial e de investimentos.
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