No presente, os EUA s?o a maior potência mundial e, coincidentemente, s?o também o país com maior número de infe??es e mortes por Covid-19. O governo federal dos EUA atrasou a resposta e falhou na luta contra a epidemia. Tal se trata de uma evidência, tornando os EUA alvo de crítica interna e externa.
No entanto, entre alguns políticos americanos, a epidemia é efetivamente um assunto sério ao qual dizem que o governo federal atribuiu a maior das prioridades. Se o número de mortes puder ser controlado dentro das 100,000, “é já algo notável”. A China encerrou cidades como Wuhan até o número de casos ser reduzido a 0. Todavia, a transi??o para o desconfinamento e retomada da produ??o foi sempre posta em causa, com pedidos de investiga??o e até culpabiliza??o da China. Essa lógica ridícula faz com que as pessoas tenham raz?o para duvidar se estes políticos dos EUA est?o realmente tentando resolver os problemas, ou, como o Sr.Pompeo, a esconder evidências recorrendo à mentira, calúnia e difama??o.
As medidas aplicadas pela China e os resultados por elas alcan?adas, serviram de exemplo ao mundo e àqueles que delas se serviram para preparar seus planos. A voz racional da comunidade internacional n?o contesta este fato. A prática de determinados políticos americanos contra os “bons alunos” do mundo é um exemplo típico de patologia de espírito.
Os ignorantes s?o geralmente destemidos, o que poderá ser uma das explica??es. Durante os comunicados da Casa Branca e do Conselho de Estado, os políticos que coordenam as opera??es n?o têm um background profissional nem experiência prática em crises de saúde. Falam dos problemas de modo fruste e fazem declara??es absurdas como “injetar desinfetante no corpo”.
Recentemente, a “fábrica de rumores” com o cunho de Mike Pompeo tem vindo a favorecer a alega??o de que o “l(fā)aboratório de Wuhan vazou o vírus”. Porém, o gabinete do diretor de inteligência dos EUA, juntamente com Anthony Fauci, o epidemiologista da task force para combater o vírus, foram unanimes a descartar a teoria de que o pat?geno teria sido artificialmente ou intencionalmente manipulado. O líder da diplomacia americana aparentemente tem implementado a sua conduta dos tempos da CIA no posto que ocupa atualmente.
Outro motivo para a culpabiliza??o alheia estará ligado ao fato de que, em apenas pouco mais de um mês, o número de mortes por Covid-19 superou a cifra de americanos que perderam a vida na guerra do Vietn?. Alguns políticos sabiam que as medidas anti-epidêmicas eram inadequadas e que tal se repercutiria na base eleitoral.
A falta de ética na política é a terceira raz?o. No setor de opini?o pública dos círculos políticos em Washington a retórica é suscetível de mudar 180o do dia para a noite. Os protagonistas com mais exposi??o pública foram amplamente atacados pela opini?o pública, mas continuam sendo obsessivos e obstinados. Na sua posi??o n?o tem nada de errado recorrer a meios contrários à conduta moral para obten??o de ganhos políticos.
Se analisarmos ao detalhe o "jogo da culpabiliza??o alheia" destes políticos americanos, receio que muitas outras considera??es mais complexas possam ser identificadas. Entre todas elas está patente o calculismo das elei??es de novembro e a perspetiva estratégica do uso da suposta "amea?a da China". Em meio ao unilateralismo propalado pela diplomacia norte-americana reside a esperan?a de aplacar as responsabilidades em detrimento das institui??es multilaterais internacionais.
Lamentavelmente, o desempenho desses políticos consegue ainda enganar muitos americanos. Mas pensando bem, é já tradicional nestes políticos a apropria??o de recursos públicos, manipula??o deliberada da opini?o pública e o aproveitamento da bondade do povo americano para proveito próprio.