O vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mour?o, admitiu nesta sexta-feira que o governo entrou tarde no combate aos crimes ambientais na Amaz?nia e defendeu a participa??o do setor privado para desenvolver a regi?o amaz?nica.
"Entramos tarde no combate ao desmatamento e às queimadas na Amaz?nia", afirmou Mour?o, que preside o Conselho Nacional da Amaz?nia Legal em um debate online organizado pelo jornal O Estado de S?o Paulo.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na Amaz?nia superou os 9.200 quil?metros quadrados entre agosto de 2019 e julho de 2020, o que representa um aumento de 34% em compara??o com o período imediatamente anterior.
O vice-presidente brasileiro n?o se mostrou convencido de que a Opera??o Verde Brasil 2, lan?ada pelo governo e que usa as For?as Armada para coibir os crimes ambientais na Amaz?nia, ajudará a reduzir o desmatamento.
"O objetivo é chegar a um nível de desmatamento e queimadas abaixo da média ou dos mínimos históricos que já tivemos anteriormente", disse Mour?o, que assegurou que "o Exército n?o assumiu nada, atua dando apoio para que as autoridades ambientais possam exercer suas atividades".
Durante o debate, Mour?o também defendeu a participa??o da iniciativa privada no desenvolvimento da regi?o. "é fundamental que o setor privado trabalhe lado a lado conosco", disse e acrescentou que a tarefa do governo "é criar um ambiente de negócios estável, amigável, desregulado, desburocratizado, além de dar seguran?a política aos investidores".
O vice-presidente brasileiro negou que o Brasil tenha interesse em explorar a Amaz?nia junto com os Estados Unidos.
"N?o existe esta quest?o de explorar a Amaz?nia com os Estados Unidos. O presidente Bolsonaro, se n?o me engano, na última ter?a-feira, deixou muito claro que toda e qualquer empresa pertencente a países democráticos que desejarem investir na Amaz?nia será bem-vinda dentro da nossa legisla??o", assegurou o general Mour?o.