O governo brasileiro anunciou nesta ter?a-feira que projeta uma queda de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e espera uma rea??o econ?mica no ano que vem, com um avan?o de 3,2%.

A Secretaria de Política Econ?mica (SPE) do Ministério da Economia divulgou o Boletim Macro Fiscal do país, segundo o qual "a atual estimativa para o PIB de 2020 foi mantida em 4,7% devido à melhora da proje??o para o segundo semestre do ano".

Para o terceiro trimestre, espera-se que a indústria, a agropecuária e o comércio liderem a retomada econ?mica do Brasil. "Na estimativa do quarto trimestre, esperamos que o impulso para a recupera??o venha com a retomada mais vigorosa dos demais servi?os, que foram duramente afetados pela pandemia", ressaltou o texto.

A economia brasileira recuou 2,5% no primeiro trimestre do ano e no segundo, o PIB caiu 9,7%, o pior resultado trimestral da história do país, devido aos efeitos da pandemia da COVID-19.

Apesar disso, o governo afirmou que os indicadores do segundo trimestre mostram que as consequências da pandemia sobre os efeitos da economia foram "mais intensos em abril, mês no qual foram registradas as queda mais fortes nos níveis de atividade de vários setores".

"N?o obstante, esses efeitos já foram parcialmente compensados em maio, junho e julho, com a sinaliza??o de uma recupera??o moderada, embora n?o homogênea. Com isso, apesar da grande incerteza ainda existente no ambiente econ?mico, a confian?a dos empresários e consumidores tem voltado e ampliado as perspectivas de recupera??o no segundo semestre de 2020 e nos meses seguintes", acrescentou o boletim.

Segundo o secretário de Política Econ?mica, Adolfo Sachsida, o setor de servi?os registrou sua maior queda em maio, diferente dos demais setores e, por isso, os servi?os mostram "uma retomada um pouco mais lenta, mas, a partir de outubro, virá mais forte".

Para o terceiro trimestre, o governo projeta um recuo do PIB de 4,9% comparado ao mesmo período do ano passado, embora com um avan?o de 7,3% com rela??o ao segundo trimestre.

Já a previs?o para a infla??o deste ano, que em maio era projetada em 1,6%, passou para 1,83% devido ao impacto da subida nos pre?os dos alimentos.