
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira que as unidades de ensino do país n?o deveriam ter sido fechadas por causa da pandemia do novo coronavírus que já deixou mais de 134 mil mortos no país.
"N?o tínhamos por que fechar as escolas, mas as medidas restritivas n?o estavam mais nas m?os da Presidência da República. Por decis?o judicial, elas competiam exclusivamente aos governadores e prefeitos. Lamento. Somos o país com o maior número de dias em lockdown nas escolas. Isso é um absurdo", criticou Bolsonaro durante a cerim?nia de posse do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.
A maioria das unidades de ensino brasileiras está há mais de seis meses sem aulas presenciais e apenas foram retomadas recentemente na cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas (norte) e em alguns municípios dos estados de S?o Paulo e Rio Grande do Sul.
Segundo o presidente, estudos realizados em diferentes países demonstraram que a chance de alguém menor de 40 anos vir a óbito por causa da doen?a é próxima de zero, embora n?o tenha citado a que pesquisas se referia.
Bolsonaro voltou a criticar governadores e prefeitos que adotaram medidas para restringir o avan?o da doen?a e disse que alguns deles foram "tomados pelo panico" gerado por uma "mídia catastrófica".
"Eu entendo que alguns governadores foram tomados pelo panico, proporcionado por essa mídia catastrófica que nós temos no Brasil. N?o é uma crítica a imprensa, é uma constata??o. Me desculpem", acrescentou.
Bolsonaro disse que tem sido muito criticado ao longo da pandemia, mas que tem "couro duro" e que sabe resistir.
O presidente brasileiro voltou a defender a prescri??o da hidroxicloroquina como remédio na fase inicial do tratamento do coronavírus, apesar de n?o haver nenhuma comprova??o científica de sua eficácia no combate à doen?a.
"Nada mais justo, sagrado e legal que um médico, na ponta da linha, decidir o que aplicar em seu paciente na ausência de um remédio com comprova??o científica. A responsabilidade é do médico", disse e afirmou que estudos recentes apontam que, caso tivesse sido utilizada desde o início da pandemia, a cloroquina poderia ter reduzido em até 30% o número de óbitos no país.
"Eu acredito que nós fomos ousados", disse. "Critiquem, mas apresentem uma solu??o. Hoje, vimos que essa quest?o poderia ter sido tratada com muito mais racionalidade", destacou.
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