O governo da Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) condenou veementemente a declara??o conjunta dos ministros das Rela??es Exteriores da Austrália, Canadá, Nova Zelandia, Gr?-Bretanha e Estados Unidos, na qual falsas declara??es deliberadas foram feitas em rela??o a uma decis?o recente do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN) sobre a qualifica??o de membros do Conselho Legislativo (LegCo) da RAEHK.
Esses comentários, irresponsáveis ao ponto da malícia, s?o a prova da interferência flagrante nos assuntos de Hong Kong que s?o diretamente assuntos internos da China, disse um porta-voz do governo da RAEHK na quinta-feira.
Jurar fidelidade ao sistema do país e defender as leis do Estado é uma norma internacional para os funcionários públicos e qualquer viola??o do juramento n?o será tolerada, apontou o porta-voz.
Ao criticar publicamente a a??o resoluta do governo central e do governo da RAEHK de desqualificar quatro membros do LegCo que foram confirmados de acordo com a lei por terem violado seu juramento, os cinco ministros das Rela??es Exteriores est?o claramente aplicando normas duplas, destacou o porta-voz.
Os quatro membros do sexto mandato do LegCo, a saber, Alvin Yeung, Kwok Ka-ki, Dennis Kwok e Kenneth Leung, apresentaram nomea??es para concorrer à Elei??o Geral do LegCo 2020 que foi originalmente agendada para 6 de setembro. Suas nomea??es foram invalidadas pelos Oficiais de Retorno (ROs) antes do final do período de nomea??o e eles, portanto, perderam a qualifica??o para concorrer à elei??o do sétimo mandato do LegCo.
Os ROs julgaram que o comportamento dessas quatro pessoas n?o estava em conformidade com o requisito de declara??o da Portaria do Conselho Legislativo para defender a Lei Básica e jurar fidelidade à RAEHK da China.
Isso é obviamente sensato e lógico, disse o porta-voz, salientando que se eles forem considerados inaptos para se candidatarem à elei??o do LegCo, deve significar que eles também s?o impróprios para continuar a cumprir suas fun??es como membros do LegCo.
Como a quest?o envolve a decis?o do Comitê Permanente da APN tomada em 11 de agosto e sua Interpreta??o do Artigo 104 da Lei Básica, o governo da RAEHK n?o pode decidir sobre a qualifica??o dos quatro membros por conta própria e, portanto, solicitou ao governo central para que o Comitê Permanente da APN resolvesse o problema de uma perspectiva constitucional, explicou o porta-voz.
A decis?o tomada pelo Comitê Permanente da APN em 11 de novembro é constitucional, lícita e necessária. Ela garante a implementa??o fiel de "um país, dois sistemas" e salvaguarda a ordem constitucional da RAEHK, observou o porta-voz, acrescentando que n?o se trata de "destruir 'um país, dois sistemas' ou um alto grau de autonomia" como reivindicado por alguns.
A decis?o n?o afeta os direitos e as liberdades, incluindo as liberdades de express?o e de imprensa, desfrutados pelos residentes de Hong Kong, segundo o porta-voz, enfatizando que o governo da RAEHK denunciou tais observa??es irresponsáveis por figuras políticas estrangeiras.
O governo da RAEHK solenemente lembrou à comunidade internacional que os governos estrangeiros devem para de alarmar e interferir de qualquer forma nos assuntos internos da RAEHK e pediu que eles respeitem a importancia atribuída à paz, estabilidade e prosperidade pelo povo de Hong Kong sob o princípio de "um país, dois sistemas", disse o porta-voz.