O Ministério das Rela??es Exteriores da China refutou na quinta-feira (4) uma reportagem da BBC sobre supostos abusos dos direitos das mulheres na Regi?o Aut?noma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China, afirmando que a China é contra qualquer ato de interferência em suas quest?es internas usando os assuntos de Xinjiang.
As declara??es do porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Wang Wenbin, foram em resposta a uma reportagem da BBC que afirmava haver "estupro sistemático" de mulheres nos "campos de Xinjiang".
Em coletiva de imprensa regular, Wang disse que n?o há estupro ou abuso sexual sistemático de mulheres. O respeito e a garantia dos direitos humanos s?o os princípios básicos estipulados pela Constitui??o da China, por ser um país governado por lei.
Desde a funda??o da República Popular da China, realiza??es sem precedentes foram alcan?adas na liberta??o e desenvolvimento das mulheres na China, disse o porta-voz. Mulheres de todos os grupos étnicos desfrutam de direitos políticos, direitos culturais e educacionais, direitos trabalhistas e de seguran?a social, direitos à casamento e à família, bem como outros direitos de acordo com a lei.
N?o há os chamados campos de "reeduca??o" em Xinjiang, disse Wang, enfatizando que os centros de educa??o e treinamento vocacional da regi?o fazem parte de seus esfor?os de combate ao terrorismo e anti-radicaliza??o. Eles n?o s?o diferentes do Programa de Desistência e Desengajamento do Reino Unido (DDP, na sigla em inglês), ou os centros de anti-radicaliza??o na Fran?a.
Os centros de educa??o e treinamento vocacional obedecem estritamente à Constitui??o e às leis para proteger os direitos básicos dos estagiários contra viola??o e proíbe insultar ou abusar dos estagiários de qualquer forma, disse Wang.
Ele afirmou que recentemente circulam muitas informa??es falsas sobre Xinjiang. Alguns dos entrevistados em relatórios anteriores foram apontados como "atores" e "ferramentas" usadas pelas for?as anti-China para atacar a China usando os assuntos de Xinjiang.
Wang disse que a China dá as boas-vindas aos estrangeiros que defendem o princípio da objetividade para visitar Xinjiang e aprender sobre a real situa??o na regi?o, mas também se op?e fortemente a qualquer tentativa de interferir nos assuntos internos da China, bem como sugest?es de qualquer suposta investiga??o com a presun??o de culpa.
Ele acrescentou que nos últimos anos, mais de 1.200 diplomatas, jornalistas e representantes de grupos religiosos de mais de 100 países visitaram Xinjiang.
Para o desenvolvimento social e econ?mico de Xinjiang, Wang destacou que o lado chinês publicou oito livros brancos relacionados a Xinjiang, e o governo da Regi?o Aut?noma Uigur de Xinjiang realizou 25 conferências de imprensa.