Mais de 16,3 milh?es de hectares, dos quais 2,8 milh?es de florestas, foram queimados no Brasil em 2022, segundo dados do Monitor de Incêndios divulgado na ter?a-feira pelo MapBiomas, uma rede de organiza??es que monitora áreas de queimadas no país.
A maioria das queimadas afetaram a vegeta??o nativa, com 25,9% de forma??es de savana e 17,1% de florestas.
A Amaz?nia foi a mais afetada no ano passado. Quase a metade da área total queimada no país, equivalente a 7,9 milh?es de hectares, estava nesse bioma. Do total da área queimada na Amaz?nia, 70% ocorreram nos meses de agosto, setembro e outubro.
Em dezembro de 2022, quando n?o é comum a ocorrência de queimadas na Amaz?nia, o bioma registrou a maior superfície queimada do país, com 234.700 hectares, um aumento de 101% com rela??o ao mês anterior.
De acordo com MapBiomas, metade das queimadas na Amaz?nia ocorreram em pastagens. O fogo é a forma mais rápida e barata para limpar uma área desmatada. A rela??o é direta, quanto maior a taxa de desmatamento, maior o uso do fogo na regi?o, afirma a organiza??o.
O Cerrado aparece como o segundo bioma mais impactado, perdendo apenas para a Amaz?nia. De toda a área queimada no país, 45% estavam no Cerrado (7,4 milh?es de hectares). O montante equivale a um aumento de 18% em rela??o ao ano anterior.
Já o Pantanal teve a menor área queimada dos últimos quatro anos: 194 mil hectares. Em 2022, o mês com o maior registro foi setembro, com 64 mil hectares consumidos pelo fogo. A diminui??o está relacionada às chuvas que amenizaram a seca no bioma, apesar da última cheia ter sido registrada em 2018.