A visita de quatro dias da secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, à China, ajudará a melhorar as condi??es para futuras discuss?es em meio às rela??es bilaterais, que permanecem no ponto mais baixo em décadas, segundo analistas e líderes empresariais na segunda-feira.

Eles disseram também que a obten??o de resultados construtivos em rela??o ao relaxamento dos controles sobre as exporta??es de tecnologia para a China testará a sinceridade dos Estados Unidos.

As declara??es foram feitas depois que o ministro do Comércio, Wang Wentao, se reuniu com Raimondo em Beijing na segunda-feira.

Durante a sua estadia na China, entre domingo e quarta-feira, a chefe do comércio dos EUA deverá discutir quest?es relacionadas com os la?os comerciais EUA-China e potenciais áreas de coopera??o com autoridades chinesas e líderes empresariais dos EUA, de acordo com informa??es divulgadas na semana passada pelo Departamento de Comércio dos EUA.

Lyu Xiang, pesquisador de estudos dos EUA na Academia Chinesa de Ciências Sociais, com sede em Pequim, disse que a viagem do funcionário dos EUA à China contribuirá para melhorar as circunstancias para futuras discuss?es sino-americanas.

Manter os la?os económicos e comerciais estáveis entre a China e os EUA é crucial n?o só para ambos os países, mas também para o mundo inteiro e, nesse sentido, s?o necessárias medidas concretas, afirmou.

Com alguns meios de comunica??o nos EUA a relatarem que um resultado potencial da visita de Raimondo poderia ser a forma??o de um grupo de trabalho com o Ministério do Comércio da China para discutir os controlos de exporta??o, Lyu disse que seria um passo inicial prático se os dois lados concordassem em resolver quest?es específicas através do diálogo.

A visita de Raimondo ocorre poucas semanas depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, ter assinado uma ordem executiva para bloquear ou regular o investimento de alta tecnologia dos EUA na China, abrangendo setores como chips de computador avan?ados, microeletr?nica, tecnologias de informa??o quantica e inteligência artificial.

Wei Zongyou, professor do Centro de Estudos Americanos da Universidade Fudan, disse que a comunica??o cara a cara e profunda é obviamente muito melhor do que nenhuma conversa. No entanto, com base na experiência recente, é improvável que a reuni?o de Wang com Raimondo produza grandes avan?os em quest?es como as restri??es ao investimento em tecnologias de ponta na China, disse Wei.

Embora Washington tenha enfatizado recentemente a importancia de refor?ar os intercambios de alto nível entre as duas na??es para melhor gerir as diferen?as e procurar a coopera??o, a tentativa da administra??o Biden de encontrar um equilíbrio entre competi??o, confronto e coopera??o permanece inalterada, acrescentou.

Falando na Reuni?o dos Ministros do Comércio e Investimento do G20 na semana passada em Jaipur, índia, Wang Shouwen, vice-ministro do comércio e representante do comércio internacional da China, apelou às economias do G20 para se oporem à prática de alargar o conceito de seguran?a nacional, utilizando indevidamente os controlos de exporta??o e solu??es comerciais, empregando a influência do Estado para atingir empresas estrangeiras e envolvendo-se em comportamentos unilaterais e protecionistas.

Destacando o enorme mercado e o sistema industrial desenvolvido da China, Ding Hongyu, vice-presidente sênior da 3M Co e presidente da 3M China, disse que o grupo multinacional dos EUA continuará a investir na produ??o local e nas capacidades de inova??o da China nos próximos anos.

"A economia chinesa passou de um crescimento rápido para um desenvolvimento de alta qualidade", disse ele, acrescentando que o investimento em áreas como a electrifica??o de veículos, a melhoria da habita??o e a electrónica de consumo apresentam oportunidades significativas para a 3M.

Raj Subramaniam, presidente e CEO da FedEx Corp, disse que o fornecedor de servi?os de transporte e entrega dos EUA atribui grande importancia ao mercado chinês.

"Esperamos aprofundar ainda mais a comunica??o e a coopera??o tanto com o governo chinês como com os parceiros comerciais no futuro, e esfor?amo-nos por servir de ponte para a promo??o de intercambios económicos e comerciais entre a China e os EUA", disse Subramaniam, que é também vice-presidente do Conselho Empresarial EUA-China.