A Organiza??o Mundial da Saúde (OMS) disse na segunda-feira (15) que ainda estava conduzindo sua revis?o de seguran?a da vacina AstraZeneca / Oxford contra a Covid-19, já que Fran?a, Itália, Espanha e Alemanha se juntaram ao grupo de países que suspenderam o uso desta vacina após ser relatado que alguns receptores desenvolveram coágulos sanguíneos e morreram após serem vacinados.
Desde sexta-feira (12), "vários países suspenderam o uso da vacina AstraZeneca como medida de precau??o após relatos de coágulos sanguíneos em pessoas que receberam a vacina de dois lotes produzidos na Europa", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa entrevista coletiva em Genebra.
No entanto, ele acrescentou que "isso n?o significa necessariamente que esses eventos estejam ligados à vacina??o, mas é prática de rotina investigá-los e mostra que o sistema de vigilancia funciona e que controles eficazes est?o em vigor".
Tedros enfatizou que o Comitê Consultivo Global sobre Seguran?a de Vacinas da OMS está revisando os dados disponíveis e está em contato próximo com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), devendo se reunir nesta ter?a-feira (16).
Um membro da equipe recebe uma dose da vacina contra a Covid-19 na Faculdade de Geografia e História da Universidade de Barcelona, em Barcelona, na Espanha, em 24 de fevereiro de 2021. (Foto: Ismael Peracaula / Xinhua)
Na manh? de segunda-feira, Fran?a, Alemanha e Espanha decidiram suspender o uso da vacina AstraZeneca / Oxford contra a Covid-19 como uma "medida preventiva" enquanto se aguarda avalia??o da EMA, que autorizou seu uso na Uni?o Europeia (UE) no dia 29 de janeiro.
Anteriormente, áustria, Itália, Bulgária, Dinamarca, Romênia, Est?nia, Lituania, Luxemburgo, Let?nia e países n?o pertencentes à UE, Noruega e Islandia, já haviam suspendido total ou parcialmente o uso da vacina AstraZeneca.
Tedros disse que "a maior amea?a que a maioria dos países enfrenta agora é a falta de acesso às vacinas", já que "alguns dos países mais ricos do mundo est?o comprando vacinas suficientes para imunizar suas popula??es inúmeras vezes", enquanto muitos outros países n?o têm nada.
O chefe da OMS continua apelando a todos os países para que trabalhem em solidariedade para garantir que a vacina??o comece nos primeiros 100 dias deste ano. "Nenhum país pode simplesmente vacinar sozinho para sair desta pandemia. Estamos todos juntos nisso", destacou ele.