O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, anunciou nesta segunda-feira que o cardiologista Marcelo Queiroga será seu novo ministro da saúde, em substitui??o ao general Eduardo Pazuello, em meio ao pior momento da pandemia do coronavírus no país.
"Foi decidida a designa??o do médico Queiroga para o Ministério da Saúde. Tem tudo, no meu entender, para fazer um bom trabalho dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje", disse Bolsonaro a um grupo de apoiadores na porta da residência oficial do Palácio da Alvorada. "A partir de agora vamos partir de forma mais agressiva contra o vírus", prometeu.
O cardiologista é muito próximo da família Bolsonaro, principalmente de um dos filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro. Depois da elei??o de Jair Bolsonaro, Marcelo Queiroga participou da equipe de transi??o de governo, dando opini?es na área da saúde.
Trata-se do quarto ministro da saúde de Bolsonaro desde o início da pandemia no Brasil, no dia 26 de fevereiro de 2020, quando o primeiro caso foi confirmado em S?o Paulo.
Graduado em medicina pela Universidade da Paraíba (nordeste) e presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Queiroga deve assumir o cargo assim que sua nomea??o for publicada no Diário Oficial da Uni?o.
Pazuello, general da ativa do Exército, tinha antecipado horas antes, em entrevista coletiva, que o presidente Bolsonaro pretendia substituí-lo para "reorganizar o ministério".
Queiroga era a segunda op??o indicada ao mandatário e foi escolhido depois que a cardiologista Ludhmila Hajjar, que conversou no domingo com Bolsonaro, anunciou ter recusado o cargo por "falta de convergência" técnica com o pensamento do governo.
Pazuello deixa o ministério que assumiu em 15 de maio no lugar do oncologista Nelson Teich, que ficou no cargo por apenas 29 dias depois de substituir o primeiro titular da pasta, o ortopedista Luiz Henrique Mandetta.
A nova mudan?a no Ministério da Saúde ocorre quando a maior parte do Brasil sofre o período mais letal da pandemia, que obrigou governos estaduais e municipais a decretarem medidas de quarentena e toque de recolher noturno devido ao colapso do sistema hospitalar.
Segundo os dados mais recentes do governo divulgados nesta segunda-feira, o país já perdeu 279.286 pessoas para a COVID-19 e contabiliza mais de 11,5 milh?es de casos positivos da doen?a desde o início da pandemia no país.