O diretor-geral da Organiza??o Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo anunciou no dia 14 que renunciará até 31 de agosto deste ano, um ano antes do mandato original, para que os países membros se preparem para a 12a Conferência Ministerial (MC12) em 2021 e n?o haja distra??o da elei??o para Diretor-Geral.
Azevedo enfatizou que a OMC deve garantir que o sistema comercial multilateral responda às novas realidades econ?micas a partir de 2021, adaptando-se especialmente ao processo de recupera??o na fase "pós-epidêmica".
Sediada em Genebra, na Suí?a, a OMC é uma organiza??o internacional importante que regula as rela??es e ordens comerciais globais. Roberto Azevedo foi o primeiro brasileiro eleito a dirigir a institui??o, atuando como diretor-geral da OMC desde setembro de 2013 e foi reeleito em 2017. Seu mandato terminaria originalmente em 31 de agosto de 2021.
Azevedo anunciou a decis?o da renúncia em uma reuni?o on-line com todos os países membros na quinta-feira (14). Azevedo afirmou que o término antecipado de seu mandato n?o se devia a raz?es de saúde ou busca de outro cargo público, mas esperava que os Estados membros elegessem seu sucessor nos próximos meses, para evitar prepara??es descentralizadas em 2021.
Azevedo revisou as realiza??es que fez em seu 7o ano como Diretor Geral da OMC. Ele expressou sua convic??o de que contribuiu para manter o status da OMC como um pilar fundamental da governan?a econ?mica global durante o período em que a coopera??o multilateral foi contestada.
Ele também disse que a OMC n?o pode ficar parada diante de mudan?as profundas no mundo ao seu redor. "Garantir que a OMC continue a ser capaz de responder às necessidades e prioridades dos membros é um imperativo, n?o uma op??o. O 'novo normal' que emerge da pandemia da Covid-19 terá que ser refletido em nosso trabalho aqui".
“Nós nos propusemos metas ambiciosas e transformadoras para a 12a Conferência Ministerial (MC12) e para a reforma da OMC. E agora devemos assegurar que o comércio contribua para a recupera??o econ?mica global a partir da pandemia da COVID-19,” afirmou Azevedo.