Yang Jiechi, membro do Bir? Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e diretor do Escritório da Comiss?o de Assuntos Exteriores do Comitê Central do PCCh, conversou nesta sexta-feira por telefone com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, a pedido do americano.

Ao assinalar que o diálogo e a coopera??o devem ser o pilar das rela??es entre a China e os EUA, Yang disse que a coopera??o deve ser mutuamente benéfica e abordar as preocupa??es de cada um de maneira equilibrada.

A parte chinesa está comprometida a trabalhar com os EUA para obter uma rela??o de n?o conflito, n?o confronta??o, respeito mútuo e coopera??o de benefício recíproco, e ao mesmo tempo protegerá firmemente sua soberania, seguran?a e interesses de desenvolvimento, disse Yang.

A China pede que a parte americana adira ao espírito da conversa??o telef?nica de 11 de fevereiro entre os dois chefes de Estado, e traga conjuntamente de volta as rela??es bilaterais ao caminho correto do desenvolvimento, acrescentou Yang.

A quest?o de Taiwan se refere à soberania e à integridade territorial da China, e envolve os interesses fundamentais do país, disse Yang, acrescentando que só existe uma China no mundo e que Taiwan é parte inseparável dela.

O diplomata assinalou que a parte chinesa defende firmemente sua soberania nacional e integridade territorial.

A China pede que os EUA se mantenham fiéis ao princípio de Uma Só China, cumpram sua promessa e estimem sua credibilidade, lidem com os temas relacionados a Taiwan de maneira prudente e apropriada e tomem a??es concretas para manter a situa??o geral das rela??es sino-americanas, assim como a paz e a estabilidade entre ambos os lados do Estreito de Taiwan, disse Yang.

O oficial chinês ressaltou que sinais recentes indicam que algumas for?as anti-China est?o tentando provocar uma onda sinistra atrás de outra para difamar o país com a desculpa dos chamados problemas relacionados a Xinjiang e Hong Kong. Elas est?o condenadas ao fracasso, garantiu.

Ao apontar que os temas relacionados a Xinjiang e Hong Kong dizem respeito à soberania e à integridade territorial da China, e envolvem os interesses fundamentais do país, Yang pediu que a parte americana respeite a soberania e a integridade territorial, n?o interfira nos assuntos internos sob nenhum pretexto e n?o danifique de maneira nenhuma os interesses fundamentais da China.

Os assuntos relacionados a Xinjiang n?o s?o os chamados assuntos de direitos humanos ou de religi?o, enfatizou Yang.

Ao ver o aumento dos incidentes violentos e terroristas na regi?o, o governo chinês tomou medidas resolutas para salvaguardar a seguran?a pública, explicou Yang, acrescentando que as a??es s?o totalmente justificadas.

A parte americana fabricou diversas mentiras sobre Xinjiang em um intento para sabotar a estabilidade e a unidade na regi?o, o que confunde o correto com o errado e resulta extremamente absurdo. A China se op?e firmemente a tais a??es, protestou Yang.

Ele fez quest?o de ressaltar também que Hong Kong é uma regi?o administrativa especial da China, e que os seu assuntos s?o puramente internos do país.

O objetivo de melhorar o sistema eleitoral da Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) é salvaguardar a ordem constitucional da RAEHK, como definido na Constitui??o da República Popular da China e na Lei Básica da RAEHK, e assegurar que "a popula??o de Hong Kong governe Hong Kong" com os patriotas como pilar, disse.

é uma prática comum no mundo estabelecer requisitos estritos para a postura patriota e as qualifica??es políticas a quem governa, disse Yang, assinalando que aqueles que clamam pela "independência de Hong Kong" n?o s?o elegíveis para participar da administra??o local e devem ser punidos pela lei de seguran?a nacional de Hong Kong.

Yang destacou que só existe um sistema e uma ordem no mundo: o sistema internacional com a Organiza??o das Na??es Unidas (ONU) em seu núcleo e a ordem internacional baseada no direito internacional, n?o o chamado sistema e ordem defendido por um punhado de países.

Ele lembrou que só existe um conjunto de normas: as normas básicas das rela??es internacionais baseadas nos propósitos e princípios da Carta da ONU, n?o as chamadas regras formuladas por um pequeno número de países.

O diplomata salientou que só existe um tipo de multilateralismo, que é o multilateralismo genuíno baseado nos propósitos e princípios da Carta da ONU e direito internacional, e caracterizado por um trato igualitário, coopera??o e benefícios mútuos, n?o um pseudo multilateralismo baseado nos interesses de camarilhas e grupos políticos pequenos, e muito menos a prática do unilateralismo em nome do multilateralismo.

Paz e desenvolvimento, equidade e justi?a, democracia e liberdade s?o os valores comuns de toda a humanidade, destacou Yang.

O respeito à soberania é um requisito para a realiza??o dos direitos humanos, o que é um princípio afirmado na Carta da ONU e na Declara??o Universal dos Direitos Humanos, assinalou Yang.

A parte americana deve arrumar as sérias viola??es aos direitos humanos em seu próprio território, em vez de interferir deliberadamente nos assuntos internos de outros países com o pretexto dos chamados direitos humanos, indicou Yang.

O oficial assinalou que a China participa ativamente da coopera??o antiepidêmica internacional e a apoia. O país se op?e firmemente a qualquer ato desprezível que utilize a epidemia como desculpa para difamar a China e transladar culpas.

Algumas pessoas nos EUA fabricaram e venderam histórias absurdas sobre um vazamento de um laboratório de Wuhan, e a China está seriamente preocupada com isso.

A China pede que os EUA respeitem os fatos e a ciência, se abstenham de politizar o rastreamento da origem da COVID-19 e se concentrem na coopera??o antipandêmica internacional, disse Yang.

Ele assinalou que a China está prestes a celebrar o centenário do PCCh, dizendo que o povo chinês atingiu grandes êxitos com a forte lideran?a do partido, e estará mais estreitamente unido, trabalhará mais arduamente, seguirá inabalavelmente o caminho do socialismo com características chinesas, construirá um país mais próspero e obterá a grande revitaliza??o da na??o chinesa.

Por sua parte, Blinken disse que a recente série de contatos entre os EUA e a China é benéfica para as rela??es bilaterais, e que a parte americana espera aumentar os contatos e os intercambios com a China em todos os níveis.

Os EUA s?o fiéis à política de Uma Só China e aos três comunicados conjuntos China-EUA, garantiu Blinken, acrescentando que o país espera manter a comunica??o e a coordena??o com a China em importantes assuntos internacionais e regionais.

As duas partes também trocaram pontos de vista sobre outros assuntos de interesse comum.